"Segunda Vaga": angústia, isolamento ou tristeza, quais são os efeitos psicológicos da pandemia? - TVI

"Segunda Vaga": angústia, isolamento ou tristeza, quais são os efeitos psicológicos da pandemia?

O psiquitara Vítor Cotovio explicou como a covid-19 está a afetar psicologicamente os portugueses. Rúben Vieira, conhecido por Ben, explica o que sentiu enquanto esteve infetado

A pandemia já dura há quase nove meses, em Portugal. Desde lá os portugueses já estiveram confinados e agora vivem mais cautelosos e receosos com o medo de contrair a covid-19.

Estados de alma que modificam modos de pensar e criam efeitos psicológicos, que se tendem a manifestar das mais variadas formas.

Na edição do "Segunda Vaga", desta sexta-feira, analisados o que se passa na mente de quem já esteve infetado e de quem vive com a sombra de poder vir a estar.

Efeitos psicológicos da pandemia

O psiquiatra Vítor Cotovio analisou os efeitos psicológicos criados pela pandemia de covid-19, em pessoas que já estiveram infetadas e no resto da população.

O especialista garante que a maioria das pessoas está a ser afetada por “uma angústia existencial pandémica” que se manifesta de diversas formas.

Há uma angústia existencial pandémica que atravessa a maior parte das pessoas”, esclareceu.

 

Rúben Vieira é assistente de produção da TVI, figura principal da rubrica “Camião do Ben”, explicou os sintomas que sentiu enquanto esteve infetado com covid-19.

Ben diz que apenas teve “sintomas leves”, semelhantes a uma gripe, e que o pior foi mesmo “as dores no corpo”.

Rúben Vieira explica que é um processo moroso e que esteve 10 dias fechado num quarto.

É chato. A única coisa em que pensava era sair do quarto”, confessou.

 

O psiquiatra Vítor Cotovio considera que os idosos são um dos grupos mais afetados pelos efeitos psicológicos da pandemia.

O clínico lembra que os mais velhos são os mais afetados pela solidão e que “isolamento físico não tem de ser isolamento emocional”.

Isolamento físico não tem de ser isolamento emocional”, lembrou.

 

OMS desaconselha o uso do medicamento Remdesivir

A Organização Mundial de Saúde desaconselhou a compra do medicamento, que tem sido utilizado no tratamento de casos graves de covid-19, Remdesivir.

Portugal tinha adquirido cerca de 100 mil doses há menos de um mês.

Tiago Alfaro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, explica que novos estudos vieram provar que o Remdesivir não provoca grandes benefícios nos pacientes e há um risco de efeitos secundários considerável.

A OMS diz que o risco de efeitos secundários é superior aos benefícios", explicou.

 

“Hora da Verdade”: autópsias foram proibidas para encobrir más práticas médicas?

A “Hora da Verdade” é uma parceria entre a TVI e o jornal de Obervador que visa escrutinar a veracidade de algumas das teorias mais populares entre os portugueses.

Na edição sobre a covid-19, desta sexta-feira, a jornalista do Observador Sara Antunes de Oliveira analisou a tese de que as autópsias a vítimas de covid-19 foram proibidas, em Portugal durante a pandemia, para encobrir más práticas médicas.

Sara Antunes de Oliveira explica que há uma diretriz da DGS que desaconselha que sejam efetuadas autópsias a doentes confirmados ou suspeitos de infeção, mas que entre março e outubro foram efetuadas quase três mil autópsias a pedido do Ministério Público.

- A minha filha teve em contacto com uma colega infetada. O que faço?

A filha, com seis anos, de um dos nossos telespectadores esteve em contacto com uma colega, na escola, que testou positivo para a covid-19.

A médica Vânia Gonzaga explica que não é viável isolar a menor num quarto e sugere que tanto os pais como a criança utilizem máscara quando estiverem em casa.

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