"Segunda Vaga": Poderá a tecnologia da Pfizer ser o fim de doenças como cancro? - TVI

"Segunda Vaga": Poderá a tecnologia da Pfizer ser o fim de doenças como cancro?

O ex-presidente do Infarmed Hélder Mota Filipe, o imunoalergologista Mário Morais de Almeida e o jornalista do Observador Pedro Raínho foram os convidados foram os convidados do "Segunda Vaga"

Ainda não se conhece, talvez nunca se venha a saber, quem foi o "paciente zero" do SARS-CoV-2. O jornal chinês South China Morning Post afirma que o caso mais antigo de covid-19 que foi capaz de rastrear data de dia 17 de novembro de 2019.

Passaram 389 dias, mais de 9.300 horas, de combate contra um inimigo invisível que já matou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o planeta.

A aprovação de vacinas contra a covid-19 é agora "a luz ao fundo do túnel" de António Costa e a esperança de tantos outros espalhados pelo globo.

A primeira fase de vacinação contra a covid-19, em Portugal, arranca já em janeiro e deverá abranger cerca de 950 mil pessoas.

Contudo, no Reino Unido, houve registo de dois profissionais de saúde que tiveram reações alérgicas depois de ter sido vacinados com o fármaco da farmacêutica norte-americana Pfizer.

Qualquer medicamento tem potencial de haver reação alérgica”, evidencia.

Hélder Mota Filipe, professor associado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e ex-presidente do Infarmed, explica que as reações alérgicas são comuns a todos os medicamentos, mas garante que no caso das vacinas estas são ocorrências raras.

O especialista realça que as vacinas contra a covid19 são seguras e não deve existir receios por parte da população.

Isto não quer dizer que as vacinas não sejam seguras”, reitera.

 

Poderá a tecnologia da Pfizer vir a exterminar doenças como cancro?

A vacina contra a covid-19 da farmacêutica norte-americana assenta numa nova tecnologia baseada no RNA mensageiro.

Um avanço tecnológico muito significativo no processo de desenvolvimento de fármacos que visem imunizar seres humanos.

Hélder Mota Filipe, professor associado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e ex-presidente do Infarmed, refere que esta tecnologia não vai ficar restringida à covid-19 e poderá ser aplicada no combate a outro tipo de doenças, entre elas os cancros.

O especialista lembra que esta tecnologia já estava a ser desenvolvida há vários anos para ser aplicada em doenças como o ébola.

Estão os asmáticos alérgicos mais protegidos?

O imunoalergologista Mário Morais de Almeida esclarece que os doentes asmáticos estão incluídos nos grupos de risco para a ocorrência de infeções relacionadas com vírus de transmissão respiratória, como é o caso do SARS-CoV-2.

No entanto, o especialista lembra que se sabe, do passado, que os coronavírus não são particularmente agressivos em relação às vias aéreas dos asmáticos, o que se tem vindo a verificar na pandemia de covid-19 com os asmáticos alérgicos.

Morais de Almeida alerta que esta menor probabilidade de desenvolver sintomatologia grave só se verifica caso estes asmáticos estejam a cumprir a medicação e tenham uma situação alérgica controlada.

Relativamente, à reação alérgica grave de dois profissionais de saúde depois de tomarem a vacina da Pfizer contra a covid-19, no Reino Unido, o especialista garante que estas são reações comuns. Morais de Almeida lembra que vários dos fármacos do plano nacional de vacinação também têm um potencial de provocar reações alérgicas graves e que continuam a ser administrados a todo o tipo de doentes.

“Hora da Verdade”: será mesmo obrigatória a vacina contra a covid-19 no Peru?

A “Hora da Verdade” é uma parceria entre a TVI e o jornal Observador que visa averiguar a veracidade das principais teorias que circulam na sociedade portuguesa.

Na edição dedicada à covid-19, desta quinta-feira, analisámos uma tese que diz que o Peru tornou a vacina obrigatória e que quem recusar tomar o fármaco será preso.

De acordo com a escala de classificação utilizada na “Hora da Verdade”, esta teoria é “ERRADA”.

O jornalista do Observador Pedro Raínho um ponto fulcral para desmistificar esta teoria, datada de novembro, é o facto de a vacina contra a covid-19 ainda não estar disponível àquela data nem estar sequer disponível no Peru.

Pedro Raínho explica ainda que após uma pesquisa mais aprofundada percebemos que as imagens partilhadas são de uma campanha de vacinação peruana contra a difteria.
 

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