Trabalhadores de recolha de resíduos hospitalares no Centro sem proteção - TVI

Trabalhadores de recolha de resíduos hospitalares no Centro sem proteção

  • CE
  • 23 mar 2020, 18:18
[Lusa]

Denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores de Hoteleira do Centro

O Sindicato dos Trabalhadores de Hoteleira do Centro afirmou esta segunda-feira que a generalidade dos trabalhadores de recolha de resíduos hospitalares das unidades da região Centro está a exercer as suas funções sem proteção face à Covid-19.

Os trabalhadores de recolha de resíduos hospitalares nos estabelecimentos da região Centro, concessionado à empresa Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), “continuam a exercer” a sua tarefa “sem proteção” contra a propagação do novo coronavírus (SARS-CoV-2), disse esta segunda-feira, à agência Lusa, António Baião, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro (STIHTRSC).

“Alguns” daqueles funcionários “já têm proteção”, mas “é insuficiente”, assegurou António Baião.

Os trabalhadores do SUCH dos setores da alimentação e da lavandaria dispõem de meios de proteção, mas “só há cerca de cinco dias” e depois de a empresa ter sido pressionada nesse sentido, pelos trabalhadores e pelo Sindicato, e de alguns funcionários “terem ficado de quarentena” e de se terem registado algumas proibições da sua entrada em enfermarias, sublinhou o dirigente sindical.

A empresa SUCH tem a concessão dos serviços de lavandaria e de recolha de resíduos de todos os hospitais da região Centro e do serviço de alimentação de parte destes estabelecimentos.

Há falta de respeito” para com estes “profissionais que estão na linha da frente do risco, não só agora, mas diariamente no cumprimento das suas tarefas”, para assegurarem que quem está hospitalizado tenha “comida, roupa lavada e recolha dos resíduos hospitalares”, sustenta o STIHTRSC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

 

A ajuda que têm da sua empresa é a pressão no trabalho, com um quadro de pessoal” insuficiente (e cujo reforço é reclamado “há mais de um ano” pelo Sindicato) e que, agora, com a Covid-19, “se agravou”, afirma a mesma nota.

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