As linhas de comboios encerradas, esta quarta-feira, constam de um plano estratégico da CP que aponta para a suspensão até 2010 do serviço em várias ferrovias nacionais, actualmente já todas desactivadas, segundo informações da Agência Lusa.
CP assegura alternativas para Corgo e Tâmega
As linhas do Corgo, Tâmega e Tua e o Ramal da Figueira da Foz (que já fez parte da Linha da Beira Alta) foram referenciadas, há precisamente três anos, pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino como constando do Plano Estratégico da CP, designado Líder 2010, que estabelece metas e prioridades para a empresa.
O plano «orientador» que aponta para uma poupança de 168 milhões de euros, foi divulgado em Março de 2006 e desde logo originou polémica por contemplar a possibilidade de encerramento de algumas linhas ferroviárias.
Naquela data, o ministério emitiu uma nota garantindo «não haver qualquer decisão» sobre o assunto, apesar de Mário Lino ter admitido o encerramento de um conjunto de vias, caso se encontrem «alternativas de deslocação» mais económicas e «tão ou mais confortáveis do que o comboio».
Três anos depois, as quatro vias em causa encontram-se desactivadas: as linhas do Corgo e Tâmega foram, esta quarta-feira, encerradas provisoriamente, a do Tua tem a circulação suspensa há mais de meio ano, dependendo agora o seu futuro, da decisão ambiental sobre a construção de uma barragem, e o Ramal da Figueira da Foz encerrou recentemente por alegada falta de segurança.
REFER assume: Linha do Tua depende da barragem
O que restava das linhas do Corgo e do Tâmega foi, esta quarta-feira, encerrado «provisoriamente por razões de segurança até que sejam realizadas intervenções, previstas para se iniciarem dentro de quatro meses», segundo um comunicado da Refer.
A Refer é a empresa proprietária das linhas e a CP a responsável pela exploração comercial.
O Plano Inter 2010 da CP refere ainda a possibilidade de serem encontrados novos modelos de negócio através de parcerias com municípios, operadores turísticos ou outras entidades, que potenciem a rentabilidade social e económica dos serviços de transporte ferroviário prestados.
Segundo dados oficiais, nos últimos anos o serviço regular de passageiros das linhas do Tua, Corgo e Tâmega apresentaram uma procura média de 143, 198 e 171 passageiros por dia.
Porém a procura cobre apenas uma pequena percentagem dos custos operacionais, correspondendo a cerca de oito por cento no Tua, 8,7 por cento no Corgo e 11,1 por cento no Tâmega.
Várias ferrovias nacionais desactivadas
- Redação
- TG
- 25 mar 2009, 13:24
Três anos depois do anúncio do plano orientador da CP, linhas de referências estão desactivadas
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