Faro: mãe "arrependida" regressa ao hospital com o bebé - TVI

Faro: mãe "arrependida" regressa ao hospital com o bebé

Mulher que abandonou o hospital com o filho recém-nascido duas horas depois do parto, tentou deixar a criança na sala de visitas, mas pacientes "convenceram-na a subir até a neonatologia", onde o bebé foi assistido

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A mulher que que abandonou o hospital de Faro com o filho recém-nascido, duas horas depois do parto, entregou-se esta quinta-feira à noite, cerca das 22:30, na mesma unidade de saúde, confirmou fonte da PSP à TVI24.

"A mãe tentou deixar a criança na sala de visitas, mas convenceram-na a subir até à neonatologia. O bebé está bem, só tem icterícia e perdeu algum peso. Está a ser observado, tal como a mãe".


Em conferência de imprensa, a médica pediatra Maria Alfaro, revelou que quando a mãe entregou o bebé mostrou-se "muito arrependida", estando a ser observada pela obstetrícia.

"Felizmente o bebé chegou em boas condições e a mãe mostrou-se muito arrependida", afirmou a médica, acrescentando que o bebé vai ficar "em vigilância" não se sabendo quando terá alta.


Maria Alfaro revelou ainda que quando questionada sobre o que a levou a abandonar o hospital com o filho, a mãe preferiu explicar por que regressou à unidade de saúde, uma vez que trata de crianças e de idosos, e a dimensão mediática do caso iria colocar “em risco” o seu trabalho.

“Mas parece uma mãe preocupada, apesar de tudo. E aparentemente o bebé está bem”, sublinhou a médica.


Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, Pedro Nunes, realçou que a mãe está a ser observada no serviço de Obstetrícia e que “o hospital só alegou o perigo para a vida do bebé para poder acionar as autoridades policiais, portanto foi uma presunção de risco, não foi um diagnóstico de risco efetivo”.

“O que o hospital procurou desde o início foi transmitir uma mensagem de apelo a que a mãe voltasse ao hospital com a criança”, declarou Pedro Nunes.

O responsável disse ainda que “o hospital não é uma instituição prisional, é uma instituição ao serviço dos doentes, tenham eles que doenças tiverem, e portanto, para o hospital, esta mãe não é uma criminosa é uma doente que tomou atitudes eventualmente reprováveis socialmente, mas que está ao cuidado [do hospital], como o bebé está e é significativo que o bebé esteja bem e bem tratado”.


A mulher estava a ser procurada pela PSP de Faro. Na altura do rapto, a criança estava internada no serviço de medicina intensiva neonatal e pediátrica desta unidade de saúde. 

O caso continua a ser investigado pela Polícia Judiciária.
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