Tribunal concede visitas mensais a pai que levou o filho para França - TVI

Tribunal concede visitas mensais a pai que levou o filho para França

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Guarda definitiva foi entregue à mãe. Casal está em processo de divórcio. Criança chegou a estar duas semanas ao serviço

A guarda definitiva do menino levado pelo pai, em outubro passado, de Viana do Castelo para França, ficou confiada à mãe nesta sexta-feira, mas a criança «vai poder passar uma semana por mês na casa do pai, em Portugal».

A informação foi avançada aos jornalistas, pela mãe do menino, no final da conferência de pais realizada no Tribunal de Família e Menores de Viana do Castelo, que se prolongou durante quatro horas.

«O Tomás fica comigo porque a residência dele foi fixada em Portugal. Uma semana por mês vai poder ficar com o pai, na casa dele, também em Portugal. Isto até ao verão. Se tudo correr bem até lá, o pai poderá levá-lo para França uma semana por mês, não podendo sair para fora da Europa sem minha autorização», afirmou Sara Fernandes.

À saída da audiência a agência Lusa questionou o pai, que recusou prestar declarações.

A mãe da criança viveu até maio passado em França com o marido e o filho. Atualmente o casal está em processo de divórcio.

O menino foi levado pelo pai, de Viana do Castelo, no passado dia 25 de outubro, para França onde aquele reside mas foi recuperado no dia seguinte pela polícia francesa.

A criança esteve cerca de duas semanas numa instituição a aguardar pela decisão da justiça francesa que, no passado dia 7 de novembro, a entregou à mãe.

Hoje, no final da conferência de pais, a mãe explicou que a solução encontrada não a satisfez «totalmente» mas frisou que «teve que ceder» por causa da criança que completa três anos na próxima semana.

«Esperemos que tudo corra bem até ao verão mas confesso que tenho muito medo. Depois do que se passou ele ter que ir para França uma semana por mês vai ser uma questão de gestão de stress e de pânico», disse.

Sara Fernandes adiantou que hoje não foi possível o consenso quanto ao valor da pensão de alimentos que o pai terá que pagar, adiantando que a questão vai agora ser dirimida em tribunal.

«Ele não quer dar mais do que 200 euros e eu acho que é muito pouco tendo em conta que o valor da futura escola do Tomás é de 250 euros, e eu estou desempregada. Vamos para julgamento avaliar contas e necessidades do Tomás, para podermos chegar a um número mais lógico e coerente», sustentou.
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