«Todas as praias são perigosas», alerta Marinha - TVI

«Todas as praias são perigosas», alerta Marinha

Verão (arquivo)

Instituição apela a vigilância permanente das crianças

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Os adultos que levam crianças para as praias têm de as vigiar atenta e permanentemente e a uma distância próxima, alertou a Marinha, esta segunda-feira, a propósito do desaparecimento de um rapaz de quatro anos numa praia de Matosinhos.

A criança terá sido levada domingo à tarde por uma onda, na Praia da Quebrada, em Lavra (Matosinhos), juntamente com outras quatro pessoas que entretanto foram resgatadas, disse a Agência Lusa.

«É preciso ter sempre presente as regras básicas de segurança na praia, tão divulgadas pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), especialmente nesta altura do ano em que as praias ainda não estão vigiadas», afirmou Maurício Barbosa, porta-voz da Marinha.

Na página de Internet do ISN, onde são enumeradas as regras de segurança nas praias, é recomendado aos adultos que «é preciso estar sempre atento» aos movimentos das crianças, especialmente em praias muito movimentadas.

Maurício Barbosa explicou ainda que a Marinha não classifica as praias como perigosas ou não perigosas, pois «todas as praias são perigosas, especialmente se não estiverem vigiadas».

«Há regras básicas de segurança e as crianças devem sempre brincar perto dos adultos. É preciso prestar atenção a toda a hora. E não se pode dizer que no Inverno o mar é mais perigoso do que no Verão, pois isso depende de muitos factores», adiantou.

O responsável defendeu que «a segurança começa em nós» e que as crianças, em especial, nunca devem estar à beira-mar sem supervisão.

O ISN recomenda ainda aos banhistas que, de preferência, frequentem praias vigiadas, respeitem os sinais das bandeiras, evitem tomar banho antes de decorridas três horas após as refeições, nunca nadem contra a corrente e não se afastem demasiado no mar.

No ano passado, no final da época balnear, que termina a 30 de Setembro, o balanço do ISN indicava a morte de 16 pessoas em praias portuguesas, mais três que em 2007.

De acordo com os números divulgados pelo ISN, seis das mortes ocorreram em praias marítimas vigiadas e sete em praias marítimas não-vigiadas, enquanto em praias fluviais não vigiadas se registaram três casos mortais.

Os dados divulgados pelo ISN indicam ainda que, na época balnear do ano passado, foram realizados 27 salvamentos em praias vigiadas e 79 em praias não vigiadas.

Das seis mortes que ocorreram em praias vigiadas, três foram resultado da falta de respeito directa da sinalética das bandeiras tendo-se verificado duas mortes com bandeira encarnada e uma com bandeira amarela.
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