18 anos de prisão por homicídio com "uma pedra e um barrote" e roubo para comprar droga - TVI

18 anos de prisão por homicídio com "uma pedra e um barrote" e roubo para comprar droga

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  • 22 dez 2020, 13:09
Algemas (Reuters)

Crime ocorreu em Vale de Cambra e foi cometido por um homem de 23 anos sobre outro de 24

O Tribunal de Santa Maria da Feira condenou esta terça-feira a 18 anos de prisão um homem de 23 anos por ter matado outro à pancada em 2019, em Vale de Cambra, no distrito de Aveiro, noticia a agência Lusa.

Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que o tribunal deu como provado que o arguido deu "várias pancadas" com uma pedra e um barrote na vítima, de 24 anos, provocando-lhe "lesões profundas”, numa “notória indiferença pela vida humana”.

Além do homicídio, o arguido, que se encontra em prisão preventiva, também estava acusado de roubo, mas foi absolvido deste crime.

O arguido foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 125 mil euros à mãe da vítima mortal.

O crime ocorreu no dia 17 de setembro de 2019, cerca das 23:00, num estaleiro de obras públicas situado em Roje, Vale de Cambra, no distrito de Aveiro, onde o arguido e a vítima se tinham dirigido para roubarem gasóleo das máquinas que ali estivessem.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido terá aproveitado um momento em que a vítima se encontrava curvada a retirar combustível de uma máquina retroescavadora para lhe desferir uma pancada na cabeça com um cubo de pedra, com o intuito de a tornar inconsciente para depois lhe tirar os bens que tivesse.

“Apesar da pancada, a vítima reagiu, o que motivou o arguido a derrubá-la ao solo, a socá-la na cabeça e a desferir-lhe sucessivas pancadas na cabeça e corpo com um barrote, matando-a”, refere a acusação.

Ainda segundo a acusação, o arguido teria abandonado o local no automóvel da vítima, levando consigo 275 euros e o telemóvel da mesma, tendo-se deslocado em seguida ao Porto para comprar droga.

O corpo da vítima só veio a ser encontrado no dia 18 de setembro de manhã pelos trabalhadores do estaleiro quando chegaram para começar a trabalhar.

No quarto de uma pensão onde o arguido estava a viver a Polícia Judiciária encontrou o telemóvel e as chaves da viatura da vítima, bem como algumas peças de roupa com vestígios de sangue da vítima.

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