18 anos e meio de prisão para homem que matou irmão a tiro - TVI

18 anos e meio de prisão para homem que matou irmão a tiro

Justiça (iStockphoto)

Crime aconteceu em maio de 2015 no concelho de Carregal do Sal. Indivíduo, de 56 anos, estava acusado de um crime de homicídio qualificado, um crime de detenção de arma proibida e um crime de violência doméstica

O homem que matou o irmão a tiro em maio de 2015 no concelho de Carregal do Sal foi esta sexta-feira condenado a 18 anos e meio de cadeia pelo Tribunal de Viseu.

Cirilo Nascimento, de 56 anos, estava acusado de um crime de homicídio qualificado, um crime de detenção de arma proibida e um crime de violência doméstica.

Pelo crime de homicídio qualificado agravado pela lei das armas, Cirilo Nascimento foi condenado a 18 anos de cadeia, enquanto pelo crime de detenção de arma proibida o tribunal entendeu aplicar-lhe um ano e meio de cadeia, perfazendo um cúmulo jurídico de 18 anos e meio de prisão.

Já pelo crime de violência doméstica de que estava acusado, o tribunal de Viseu entendeu absolvê-lo, por este não ter ficado provado.

Durante a leitura do acórdão, que decorreu hoje à tarde, a presidente do coletivo de juízes apontou que o tribunal ficou convencido de que os dois irmãos, vítima e arguido, "não se davam e vivam em conflito permanente".

O Tribunal deu como provado que na noite do dia 06 de maio de 2015, na casa onde viviam com a mãe em Vila Meã, na freguesia de Oliveira do Conde, depois de uma discussão, Cirilo Nascimento terá disparado intencionalmente sobre Adelino Nascimento, apontando à zona do peito.

"Não é crível que o disparo tenha acontecido num momento de disputa pela arma. Ficou provada a relação conflituosa entre ambos e tal aponta para um ato voluntário e intencional e não um ato acidental", referiu.

A presidente do coletivo de juízes aludiu ainda "à perigosidade do objeto", uma arma carregada e pronta a disparar, de que se serviu a curta distância, "apanhando a vítima desprevenida e sem que se pudesse defender".

"Há horas do diabo e o senhor nesse dia passou-se", concluiu.

O advogado de defesa, Helder Fráguas, disse aos jornalistas que vai recorrer, sobretudo pela valoração do depoimento prestado pela mãe da vítima e do arguido.

"Ao tribunal, a mãe disse que recusava prestar depoimento, para não prejudicar o filho. No entanto, foram valorados depoimentos prestados em fase de inquérito e estas são as únicas declarações que permitem dizer que não foi um acidente, já que a mãe disse que ele disparou deliberadamente", concluiu.

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