Antiga professora confessa ter vendido recheio de casas arrendadas na Feira para sobreviver - TVI

Antiga professora confessa ter vendido recheio de casas arrendadas na Feira para sobreviver

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  • JGR
  • 9 abr 2021, 16:46
Casas

A mulher, que disse estar atualmente a trabalhar em limpezas, confessou na íntegra e sem reservas os factos descritos na acusação

Uma mulher de 44 anos confessou esta sexta-feira no Tribunal de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, ter vendido bens de apartamentos que arrendou para poder sobreviver e conseguir a guarda partilhada de um filho menor.

Não olhei a meios para atingir os fins e fi-lo da forma mais errada possível”, disse a arguida, durante a primeira sessão do julgamento, onde responde por um crime de burla, um crime de abuso de confiança e dois crimes de falsificação de documento.

A mulher, uma professora do ensino secundário que disse estar atualmente a trabalhar em limpezas, confessou na íntegra e sem reservas os factos descritos na acusação, explicando que vendeu o recheio para pagar as rendas e comprar comida para os dois filhos de oito meses e 11 anos.

Naquela altura não tinha discernimento. Fi-lo por dois filhos e por uma necessidade enorme de sobrevivência”, afirmou a arguida, mostrando-se arrependida.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a mulher arrendou um apartamento em Santa Maria da Feira, em janeiro de 2017, indicando como fiador o seu ex-companheiro e fez o contrato para o fornecimento de água no nome daquele, sem o seu consentimento.

Nas duas situações, a arguida terá falsificado a assinatura do ex-companheiro.

O MP diz ainda que entre março e julho de 2017, a arguida retirou da referida habitação e levou consigo para parte incerta os móveis de cozinha e diversos eletrodomésticos, no valor de três mil, quatrocentos e trinta e cinco euros.

A mulher está ainda acusada de ter vendido uma placa de fogão que tinha retirado de uma outra habitação, onde tinha estado a viver com o ex-companheiro em Ovar.

A arguida já foi julgada e condenada no Tribunal de Ovar por um crime de abuso de confiança, por se ter apropriado de alguns objetos desta habitação, tendo-os vendido em proveito próprio.

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