O homem suspeito de ter matado a mulher à machadada confessou esta quinta-feira o crime no Tribunal de Vila Real, mas alegou só a ter agredido depois de a vítima o ter ameaçado com a machada.
Rui Borges, um reformado de 44 anos, começou a ser julgado no Tribunal de Vila Real, esta quinta-feira, por um crime de homicídio qualificado e três de violência doméstica.
O crime ocorreu em julho de 2014, quando o homem, com num machado, desferiu vários golpes na vítima, de 33 anos e com vivia há 14 anos.
A acusação diz que Rui Borges era uma pessoa violenta, possessivo e ciumento e que terá agredido, em algumas ocasiões, a mulher com murros, estalos e empurrões.
No dia do crime, o casal esteve num café de onde foi para a casa onde residia, no bairro social da Araucária, e onde o arguido terá confrontado Tânia Silva com mensagens de Facebook, alegadamente trocadas com outro homem, e uma carta.
Ao coletivo de juízes, Rui Borges assumiu a discussão, mas disse ter sido a mulher que o ameaçou com a machada, quando já estavam no quarto e eles estava de joelhos a chorar.
O arguido afirmou ter-se levantado, tirado o machado das mãos de Tânia e de lhe ter dado com ele, mas depois salientou não se lembrar de mais nada.
A mulher foi golpeada no pescoço e cabeça.
Confrontado pelo Ministério Público, o arguido afirmou não saber onde estava a machada e que só a viu quando a mulher a estava a segurar.
A defesa de Rui Borges fez questão de lembrar que o arguido tinha sido alvo de tratamento psicológico e que andava deprimido devido a uma doença de pele, que o impedia de sair de casa e apanhar sol.
Meses antes do crime, em março, o casal discutiu e, depois de alegadas agressões a Tânia e aos seus dois filhos menores, a mulher e os jovens saíram de casa após queixa na PSP, onde regressaram pouco tempo depois.
A filha da vítima, de 16 anos, foi a primeira testemunha de acusação ouvida e confirmou ao tribunal as discussões, que eram mais frequentes nos últimos tempos, devido aos ciúmes que o arguido sentia da sua mãe.
O início do julgamento de Rui Borges foi adiado por duas vezes devido à greve dos guardas prisionais, que não fizeram o transporte do estabelecimento prisional, onde se encontra em prisão preventiva, até ao tribunal.
Confessa em tribunal que matou a mulher à machadada
- Redação
- AM
- 28 mai 2015, 18:16
Suspeito diz que só agrediu a mulher depois desta o ter ameaçado com a machada
Relacionados
Continue a ler esta notícia