Fica em preventiva suspeito de matar homem na Festa Branca, em Cabeceiras - TVI

Fica em preventiva suspeito de matar homem na Festa Branca, em Cabeceiras

  • LCM com Lusa
  • 9 jul 2018, 19:20
Crime

Após um desentendimento entre os dois homens, que eram da mesma freguesia, um deles foi buscar uma arma e disparou

Um juiz de instrução criminal no Tribunal de Guimarães aplicou hoje prisão preventiva ao presumível autor do disparo que, no domingo, matou um homem em Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto, disse à Lusa fonte judicial.

O juiz optou pela mais gravosa das medidas de coação, a mesma que tinha sido pedida Ministério Público, face ao perigo de fuga e perigo de perturbação da ordem e tranquilidade públicas.

Além disso, o juiz justificou a medida com a possibilidade de retaliação, pelo que o arguido estaria em risco se ficasse em liberdade.

O homicídio aconteceu na madrugada de domingo, na rua do Arco, no final da Festa Branca, e após um desentendimento entre os dois homens, que eram da mesma freguesia.

“O suspeito abandonou o local e foi buscar a arma”, explicou fonte da GNR, indicando que o alerta foi dado às 06:43.

Regressou ao local e disparou sobre a vítima, um homem de 34 anos, que acabou por morrer no local.

Segundo a fonte da GNR, após o crime, o suspeito abandonou o local numa viatura, que foi localizada durante a manhã de domingo.

Ainda de acordo com a mesma fonte, as autoridades detetaram o homem, que estava escondido, e convenceram-no a entregar-se, o que aconteceu já durante a tarde de domingo.

Em declarações à Lusa, Pedro Miguel Carvalho, advogado do arguido, disse que este, no domingo, confessou o crime à Polícia Judiciária (PJ), declarou-se arrependido e descreveu as circunstâncias em que o mesmo ocorreu, revelando que não era sua intenção matar e lamentando o “trágico desfecho” e a perda de uma vida.

Hoje, não fazia sentido estar a repetir tudo, pelo que a defesa entendeu que, em termos processuais, agora só seria de prestar declarações em julgamento, esperando que nessa altura a verdade sobre todas as circunstâncias que antecederam o crime e em que este teve lugar sejam reveladas. Existem muitas versões sobre os factos e maioritariamente são falsas”, acrescentou Pedro Miguel Carvalho.

Acrescentou que o tribunal “pode e deve” valorar as declarações prestadas perante a PJ e que é “manifesto que arguido está a prestar toda a colaboração necessária para a descoberta da verdade.

“Assim o fez e fará em sede julgamento”, disse ainda o advogado.

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