GNR apanha suspeito de homicídio em fuga desde 2002 - TVI

GNR apanha suspeito de homicídio em fuga desde 2002

  • HCL
  • 3 jan 2020, 19:23
GNR

Homem tinha pendente um mandado de detenção internacional para cumprir 16 anos de prisão por homicídio qualificado

 A GNR deteve esta sexta-feira em Vila Verde um homem de 58 anos que se tinha evadido da prisão em 2002 e que tinha pendente um mandado de detenção internacional para cumprir 16 anos de prisão por homicídio qualificado.

Em comunicado, a GNR refere que o homicídio ocorreu em agosto de 1999, no concelho de Arcos de Valdevez.

O homem já tinha estado preso no Estabelecimento Prisional de Coimbra pela prática dos crimes de extorsão, associação criminosa, tráfico de pessoas, favorecimento à prostituição, arma proibida e tráfico de estupefacientes.

Em julho de 2002, evadiu-se, aquando do gozo de uma saída precária.

Agora, o homem necessitou de auxílio médico e os meios de socorro que se deslocaram à sua residência foram informados de que ele “teria questões pendentes com a justiça”.

A GNR diligenciou no sentido de apurar a situação em causa e acabou por efetivar a detenção.

O detido vai ser conduzido ao Estabelecimento Prisional de Braga.

O homicídio remonta a 29 de agosto de 1999, sendo a vítima um antigo funcionário do agressor, numa casa de prostituição que este explorava.

Segundo o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, a que a Lusa teve acesso, o arguido suspeitou a sua filha, de 13 anos, manteria um namoro com a vítima, incluindo relações sexuais.

Em meados de 1999, o arguido despediu a vítima, de 17 anos, e decidiu dar-lhe uma “sova”, com a ajuda de mais dois homens.

A vítima foi conduzida para um bar em Rio de Moinhos, Arcos de Valdevez, onde foi agredida “de forma indiscriminada com murros e bastonadas, em todas as partes do corpo”.

O arguido agora detido utilizou um chicote e um bastão de madeira e agrediu a vítima durante cerca de uma hora, só parando “quando não teve força para mais”.

Abandonou a vítima num quarto do bar, após o que, horas mais tarde, meteu o cadáver na mala de um carro e levaram-no para um prédio onde moravam, em Fafe, tendo espalhado sangue pela garagem.

De seguida, foi ao Hospital de Fafe, onde entregou o cadáver, e logo depois deslocou-se à à GNR, referindo que tinha sido o seu filho o autor do homicídio, na referida garagem.

Quanto aos outros dois homens que participaram nas agressões, um foi condenado a 1 ano e 5 meses de prisão e o outro a 1 ano

Um deles é filho do arguido agora detido.

Com menos de 16 anos, foi colocado a ajudar na “gerência” dos estabelecimentos de diversão noturna explorados pelo pai.

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