Grijó: «Ele julgava-se dono absoluto da rua» - TVI

Grijó: «Ele julgava-se dono absoluto da rua»

Crime  (Paulo Novais/Lusa)

Vizinhos dizem que homem que matou duas pessoas tinha várias armas em casa

Relacionados
O indivíduo que terça-feira à noite matou, em Grijó, Gaia, duas pessoas e feriu ligeiramente outras três era caçador e tinha várias armas em casa, disse um dos feridos, que é cunhado do atirador.

Segundo vizinhos, na origem do incidente estão alguns conflitos entre o atirador, de 65 anos, e uma das vítimas, António Armando Carvalho, 42 anos, por este último estacionar veículos da sua oficina frente à casa de Albino.

«O senhor Albino ameaçava o senhor Armando, criava-lhe problemas e fez várias queixas por causa dos carros», contou uma das vizinhas.

António Pinho, cunhado da vítima António Armando Carvalho, frisou que «o senhor Albino julgava-se dono absoluto da rua e não se podia ter carros em frente à casa dele».

Constantino Rocha, 54 anos, vizinho e cunhado do atirador, que também foi atingido, relatou que chegou a casa por volta das 21:30 e ouviu tiros.

«Vim cá fora e vi o senhor Armando estendido no chão e quando fui tentar socorrê-lo, o Albino disse-me ¿Agora, vais tu¿. Só tive tempo de me esconder atrás do portão. Naquele ódio por não matar, destruiu-me a casa», referiu Constantino Rocha frente à habitação onde eram visíveis marcas de chumbos nas paredes e vidros partidos.

Os disparos terão começado cerca das 21:30 de terça-feira e durado mais de 30 minutos, segundo relatos dos vizinhos.

Durante os disparos, Albino Fonseca atingiu mortalmente António Teixeira, 48 anos, que seguia na rua com a sua filha de nove anos, a caminho de casa do pai.
Continue a ler esta notícia

Relacionados