O gang «mais organizado» de Portugal (fotos) - TVI

O gang «mais organizado» de Portugal (fotos)

PJ apanha gang que assaltava bancos

Alguns dos detidos são empresários e a família não sabia que assaltavam bancos

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O grupo de cinco homens detidos quarta-feira por 15 assaltos à mão armada a bancos em diferentes localidades foi considerado esta quinta-feira pela PJ «a associação criminosa mais estruturada e meticulosa» que operava em Portugal.

«Era o grupo mais organizado, estruturado e meticuloso que operava em Portugal, tendo cometido 15 assaltos em diversos locais do país desde 2005 até 26 de Agosto de 2008», afirmou Luís Neves, responsável máximo pela Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da Polícia Judiciária (PJ), em conferência de imprensa.

Os cinco homens foram detidos quarta-feira, na Grande Lisboa, e eram considerados «um grupo muito violento», já que, quando assaltavam os bancos, manietavam funcionários e clientes e coagiam os responsáveis das agências a entregar o dinheiro do cofre.

Luís Neves não especificou o montante subtraído nos 15 assaltos, mas garantiu que «foram valores muito elevados» em diversas instituições bancárias, nomeadamente da Grande Lisboa (Mem Martins, Cacém, Malveira da Serra, São João das Lampas) e Porto de Mós.

Arguidos ouvidos em tribunal

Os três últimos assaltos foram cometidos no Verão de 2008, nomeadamente a 18 de Junho, 23 de Julho e 26 de Agosto. Neste último dia, três bancos da Grande Lisboa foram assaltados. Dois quase em simultâneo de manhã no concelho de Sintra e um outro à hora do almoço na Alta de Lisboa.

Presente na conferência de imprensa esteve também o director nacional adjunto da directoria de Coimbra da PJ, Rui Almeida, que avançou que os detidos «se encontram no Tribunal de Porto de Mós para primeiro interrogatório judicial» e que a operação consistiu num «meticuloso trabalho em vários pontos do país e durante vários meses».

Cabeleiras, barbas, bigodes

Uma das grandes dificuldades no desmantelamento do grupo prendeu-se com o facto, adiantou o responsável, de os detidos «utilizarem muitos artefactos como óculos, cabeleiras, barbas, bigodes, entre outros» e «planearem antecipadamente e de forma rigorosa cada um dos assaltos».

«Antes dos assaltos o grupo elaborava planos de acção e fazia vigilâncias para observar o movimento das dependências bancárias», explicou Luís Neves. A operação foi decidida terça-feira à noite e colocada em prática às 07:00 da manhã de quarta-feira, porque, justificaram os responsáveis, «estava iminente outro assalto».

Empresários agiam às escondidas da família

Foram apreendidas armas, munições, disfarces, dois automóveis topo de gama, uma mota de alta cilindrada, matrículas falsas, telemóveis e planos de novos assaltos. Os cinco detidos, alguns empresários, não tinham antecedentes criminais e a família desconhecia a sua «actividade», segundo a PJ.
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