Pastor asfixia mulher por ciúmes em Torres Vedras - TVI

Pastor asfixia mulher por ciúmes em Torres Vedras

  • HMC
  • 10 out 2019, 16:01
Algemas (Reuters)

Homem escondeu-se nas escadas do prédio da vítima

O Ministério Público (MP) acusou um pastor dos crimes de homicídio de uma mulher, com quem mantinha uma relação sexual, e de ameaça agravada em relação a um outro homem, por ciúmes, em Torres Vedras.

Segundo a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, o arguido e a vítima, morta em 06 de abril deste ano, conheceram-se há dois anos numa ‘casa de alterne’ e, desde aí, mantinham “uma relação de natureza sexual com contactos diários”, pernoitando ele em casa dela ou vice-versa.

No bar de alterne onde a vítima trabalhava, em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, o arguido veio, na mesma noite, a saber que a vítima “mantinha uma relação muito próxima” com outro homem.

Por ter sido preterido, nessa noite ameaçou a vítima de que a matava.

Após sair do estabelecimento, pelas 04:00, a mulher foi deixada pelos patrões à porta do prédio onde morava, encontrando-se o arguido escondido nas escadas do prédio, na cidade de Torres Vedras.

Depois de ela se encontrar dentro do prédio, o arguido abordo-a, entraram ambos na sua residência e discutiu com ela “pelo ódio de se sentir atraiçoado e enganado”, após lhe ter “entregue elevadas quantias monetárias”.

No quarto da mulher, agrediu-a “com murros e pontapés” e, “agarrando-a pelo pescoço com ambas as mãos, asfixiou-a" até à morte, descreve a acusação, levando-a depois para a banheira da casa-de-banho.

Uma hora depois, informou os proprietários do bar de que a tinha matado, ameaçando matar de seguida o outro homem, a quem ainda chegou a telefonar.

Alarmados pela mensagem recebida, contactaram a filha da vítima, que se dirigiu à residência e veio a encontrar a progenitora morta na banheira.

Na sua residência, após ingerir bebidas alcoólicas, o arguido tentou suicidar-se disparando uma caçadeira, cujo tiro não acertou em qualquer parte do seu corpo.

O homem encontra-se a aguardar julgamento em prisão preventiva desde que foi detido na sua residência na freguesia de São Mamede da Ventosa, no mesmo concelho.

Depois de ser deduzida acusação no dia 03, decorre prazo para as partes pedirem eventual abertura de instrução, seguindo o caso para julgamento no Tribunal de Loures se tal não vier a acontecer.

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