O Tribunal de Viseu condenou esta quinta-feira a 16 anos de cadeia um taxista de Tarouca que matou a tiro uma mulher, por divergências relacionadas com estabelecimentos de restauração que ambos exploravam.
O caso ocorreu em outubro de 2015. Benjamim Santos disparou contra contra Leonilde Almeida, que acabou por falecer, e o companheiro desta, José Delmar.
Agora, foi condenado a 14 anos de cadeia pelo crime de homicídio simples e a cinco anos de cadeia pela tentativa de homicídio simples. Foram-lhe atribuídos 16 anos de prisão em cúmulo jurídico.
Durante a leitura do acórdão, que decorreu durante a manhã, o tribunal de Viseu condenou ainda o taxista de Tarouca ao pagamento de 7.500 euros à vítima da tentativa de homicídio, José Delmar, e 50 mil euros à filha da vítima de homicídio, Leonilde Almeida.
Defesa aceita
Benjamim Santos, de 54 anos, que era também taxista, estava acusado de dois crimes de homicídio qualificado, um consumado e outro na forma tentada.
Tudo se deveu a divergências relacionadas com estabelecimentos de restauração que exploravam, o taxista e Leonilde Almeida, situados lado a lado, em Tarouca.
À agência Lusa, o advogado de defesa, Pedro Proença, realçou que o tribunal acabou por entender que tanto o homicídio como a tentativa de homicídio foram considerados crimes sem qualificação, indo de encontro ao que sempre defenderam.
Vou analisar o acórdão, mas penso que foi bom e a nossa batalha nesse aspeto foi conseguida. O que estávamos preocupados era com o facto de ele ser acusado de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado", concluiu.