O Ministério Público acusou 27 pessoas e duas sociedades comerciais, no âmbito do caso «Trufas Odessa», por crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, falsificação de documento e receptação e detenção de arma proibida.
A informação foi avançada esta segunda-feira pela Procuradoria-Geral Distrital (PGD) de Lisboa, que menciona ter sido «requerida a aplicação aos arguidos de pena acessória de expulsão» e que cinco deles «encontram-se em prisão preventiva».
O inquérito agora concluído esteve a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e reporta-se ao caso «Trufas Odessa», no âmbito do qual, em Novembro de 2008, foi realizada uma operação internacional envolvendo as polícias de Espanha, Itália, Polónia, Hungria e Eslováquia, bem como a EUROJUST, organismo de cooperação judiciária de estados-membros da União Europeia para combater o crime grave transfronteiriço.
A investigação foi executada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e iniciou-se em 2007, quando «ficou indiciado que (...) um grupo de cidadãos ucranianos operava organizadamente em Portugal fornecendo documentação falsa (vistos de turismo, cartas de condução, contratos de trabalho fictícios), transporte e alojamento a cidadãos estrangeiros, para lhes proporcionar entrada e permanência no Espaço Schengen».
Mercê desta actividade ilícita, aquele grupo auferia «proventos económicos elevados à custa da necessidade e vulnerabilidade dos imigrantes que não tinham condições para entrarem e permanecerem legalmente» no Espaço Schengen.
«Trufas Odessa»: 27 pessoas e duas empresas acusadas
- Redação
- AM
- 27 abr 2009, 20:11
«Requerida a aplicação aos arguidos de pena acessória de expulsão», afirma a Procuradoria-Geral de Lisboa
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