Violência doméstica: apoio para mais vítimas - TVI

Violência doméstica: apoio para mais vítimas

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Projecto «Resposta Integrada de Violência Doméstica» começou em Penafiel, mas agora vai alargar-se a 40 concelhos

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O projecto «Resposta Integrada de Violência Doméstica», iniciado em Penafiel, vai alargar-se a 40 concelhos de todo o país, disse esta segunda-feira à Lusa Manuela Santos, coordenadora do gabinete Janela Aberta, que concentra no mesmo espaço várias respostas às vítimas de violência.

O programa aposta numa resposta inovadora à violência doméstica, ao concentrar, no mesmo espaço, «todas as respostas» de que a vítima de violência doméstica precisa no seu «novo projecto de vida», adianta Manuela Santos.

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O objectivo desta resposta em rede é evitar que a vítima tenha de contar a sua história aos diferentes intervenientes no processo de apoio psicológico, jurídico, social e profissional, desde o momento em que é feito o pedido de ajuda, até que é concluída a inserção sócio-profissional.

«Os técnicos trabalham concertadamente uns com os outros, tratando de todo o processo e permitindo que a vítima obtenha todas as respostas no mesmo espaço físico», salienta Manuela Santos.

Ajudou 500 vítimas

O projecto começou em Penafiel, através da Associação de Desenvolvimento de Figueira, que já deu resposta a cerca de 500 vítimas, 35 por cento das quais já se encontram integradas socialmente.

Graças aos resultados positivos, e aos fundos comunitários obtidos, o programa já se alargou a 30 concelhos.

Actualmente, estão em curso os processos relativos a sete concelhos (Silves, Setúbal, Santarém, Porto Santo, Montemor-o-Velho, Torres Vedras e Horta), esperando-se que o alargamento possa estar concluído até final de Julho.

»Como estamos a falar de fundos comunitários, resolvemos torná-los acessíveis a todos e, desde 2008, fomos informando outros municípios do nosso trabalho», afirma a responsável.

Rede nacional

A intenção é criar uma rede nacional de respostas às vítimas de violência doméstica.

«Todo o nosso trabalho beneficia se for feito a nível nacional. É importante criar uma rede de respostas uniformes, até porque, por vezes, é preciso deslocar as vítimas», sublinha.

O projecto começou em 2005 e, para desenvolver a metodologia de intervenção e colocá-la em prática, foram «envolvidos todos os parceiros locais» e as próprias vítimas.

«Queríamos dar uma resposta de qualidade às vítimas, sem aumentar os custos das instituições», afirma.

Actualmente, o modelo está a ser aplicado nos concelhos de Amarante, Castelo de Paiva, Lousada, Felgueiras, Celorico de Basto, Valongo, Braga, Faro e Funchal, entre outros.

Entre as várias instituições envolvidas na «Resposta Integrada na Violência Doméstica» contam-se as autarquias locais, no município onde o projecto está a ser implementado, instituições de apoio à vítima, como a APAV, unidades de saúde, associações empresariais e entidades ligadas ao ensino e formação profissional.
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