OSCOT: mais polícia no terreno contra o crime - TVI

OSCOT: mais polícia no terreno contra o crime

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Vice-presidente do Observatório alerta para aumento da criminalidade no Verão

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O vice-presidente do Observatório de Segurança e Criminalidade, José Manuel Anes, considerou esta quinta-feira que uma das «frentes de ataque» à criminalidade passa pela prevenção policial com a intensificação de operações, refere a Lusa.

«As operações policiais são muito importantes. As polícias têm que estar presentes, particularmente em zonas problemáticas, têm que fazer rusgas, apreender armas e deter pessoas em situação irregular. As forças de segurança têm que recorrer a esses meios, porque estamos com um problema muito complicado», disse José Manuel Anes, também director da revista «Defesa e Segurança».

José Manuel Anes comentava o Relatório Anual de Segurança Interna, hoje discutido em Conselho de Ministros e que dados já conhecidos indicam que a criminalidade violenta aumentou 10,7 por cento em 2008 e a criminalidade geral subiu 7,5 por cento face a 2007.

Segundo José Manuel Anes, a diminuição da criminalidade nos três últimos meses do ano teve a ver com a estratégia policial e das forças de segurança em conter o fenómeno com operações policiais e rusgas.

Mas para o vice-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) a prevenção «não é a única estratégia e frente de ataque ao fenómeno da criminalidade», existindo outras medidas, como o melhoramento dos equipamentos e distribuição de coletes e armas a todos os polícias, além das carreiras de tiro para treino.

«Estas medidas já foram anunciadas pelo Governo, mas demoram algum tempo a chegar ao terreno», disse.

Defendeu, igualmente, o aumento do policiamento de proximidade e a instalação da videovigilância em locais onde se justifique.

José Manuel Anes manifestou-se preocupado com «o pico» da criminalidade violenta registado no Verão passado, em que se verificou um aumento de 16,84 por cento face a 2007.

«No OSCOT já tínhamos verificado esse pico em 2007. Chegamos a Junho e a criminalidade dispara e volta ao nível anterior em Setembro», afirmou, adiantando que «é preciso encontrar as razões».

«Estamos em Março e é necessário ver qual a raiz do problema antes que chegue o próximo Verão», sublinhou.

José Manuel Anes avançou com uma justificação: «Os criminosos pensariam que algumas forças de segurança e polícias iam para férias e que haveria uma redução drástica do número» de efectivos.

Mas, segundo o director da revista "Segurança e Defesa", mesmo que tal aconteça, «não seria suficiente para pôr em cheque o mínimo do dispositivo que tem que estar sempre pronto» para intervir.

Este «pico» do Verão tem várias causas, que têm que ser apuradas o mais depressa possível, defendeu ainda.

O OSCOT é uma associação sem fins lucrativos cujos objectivos centram-se, nomeadamente, na sensibilização - «séria mas não alarmista e associando sempre a Segurança aos valores da Democracia, da Liberdade e do Estado de Direito» - do público relativamente aos temas de Segurança em geral.
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