O roubo por esticão aumentou mais de 25 por cento no primeiro semestre deste ano face a igual período de 2010, revelou esta quinta-feira o secretário de Estado da Administração Interna, noticia a Lusa.
Filipe Lobo D`Ávila, que participou esta quinta-feira no 1º Congresso Franco-Lusófono sobre Observação da Criminalidade, em Lisboa, adiantou que outro tipo de criminalidade que tem aumentado no país são os crimes contra o património, essencialmente praticados por grupos com uma grande mobilidade e com membros de diversas nacionalidades.
Este tipo de crime é conhecido por «criminalidade itinerante» e, segundo o governante, representa «uma nova ameaça ao país».
O secretário de Estado referiu que nos dois últimos anos foram identificados em Portugal 20 grupos itinerantes e sete desde Janeiro deste ano.
Filipe Lobo D`Ávila disse ainda que outro fenómeno que tem despertado «maior preocupação» no país é o aumento acentuado da criminalidade em zonas rurais, estando o Ministério da Administração Interna a adoptar medidas de reorganização dos dispositivos das forças de segurança e a desenhar novas estratégias que permitam responder «com maior eficácia».
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), organismo que organiza o congresso, disse aos jornalistas que os aumentos do roubo por esticão e contra o património são «um sinal da crise» que o país está a atravessar.
José Manuel Anes adiantou que é provável que estes crimes ainda aumentam mais devido à crise, bem como «o pequeno crime», como furtos em supermercados e na rua.
No entanto, o responsável manifestou-se preocupado com «o aumento da violência em alguns assaltos», nomeadamente a residências e a estabelecimentos.
Segundo o presidente do OSCOT, estes assaltos violentos são praticados por «gangs formados sobretudo por gente muito nova» e «inexperientes».
Outro fenómeno preocupante da criminalidade actual é o aumento dos assaltos a ourivesarias e lojas de ouro, que tanto é praticado por portugueses, como por estrangeiros, principalmente de Leste que vivem em acampamentos e não têm residência fixa.
Segundo José Manuel Anes, o ouro roubado é para vender nas lojas que não cumprem a lei, fundido em fornos e enviado semanalmente «em autocarros» para o exterior, principalmente para Leste.
Roubo por esticão aumentou 25% no 1º semestre
- Redação
- ACS
- 3 nov 2011, 15:37
Crimes contra o património também estão a aumentar em Portugal
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