Cristianismo é a religião mais perseguida no mundo, diz cardeal-patriarca - TVI

Cristianismo é a religião mais perseguida no mundo, diz cardeal-patriarca

  • JFP
  • 21 abr 2019, 14:21

Cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, evocou as vítimas dos ataques no Sri Lanka, durante a homilia na Sé Patriarcal de Lisboa

O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, evocou as vítimas dos ataques no Sri Lanka, durante a homilia na Sé Patriarcal de Lisboa, e afirmou que o cristianismo é a religião mais perseguida no mundo atual.

Neste momento, em muitos lugares por esse mundo, como esta madrugada no Sri Lanka, outros cristãos celebram igualmente a Páscoa escondidos ou mal curados de feridas de desastres graves", disse o prelado, durante a celebração do "Dia da Ressurreição do Senhor".

De acordo com o cardeal, o cristianismo é hoje "a religião mais perseguida" no mundo atual.

Quando mesmo na nossa Europa se sucedem profanações de igrejas, centenas em França no ano passado, e quando estas tristíssimas realidades nos poderiam desanimar e tolher, os cristãos continuam a entrever, por entre os sinais da morte, a presença de Cristo, que a venceu", declarou, perante os fiéis reunidos na Sé Catedral de Lisboa, entre os quais muitos estrangeiros.

Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia, o cardeal transmitiu uma mensagem de solidariedade e de esperança à Igreja do Sri Lanka, com a qual a Igreja Católica Portuguesa mantém relações.

As palavras nunca chegam. Estamos com os irmãos do Sri Lanka", disse, acrescentando que os ataques "não podem ter motivação religiosa", porque "quem é verdadeiramente religioso não faz mal aos outros, faz bem".

A religião é aquilo que nos aproxima. Na religião estas ações não têm legitimidade", sustentou Manuel Clemente.

Para o cardeal-patriarca de Lisboa, a mensagem da Páscoa é a da superação da morte.

A Páscoa, a mensagem que nos traz, é que não há morte que possa extinguir definitivamente a vida", frisou.

Questionado sobre medidas de segurança para a celebração de hoje, indicou apenas que as autoridades estão atentas.

No mundo em que vivemos, que é um mundo perigoso, a precaução é estarmos preparados para o que vier", referiu o cardeal.

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