Poiares Maduro condena comportamento de professores em protesto - TVI

Poiares Maduro condena comportamento de professores em protesto

Poiares Maduro (Lusa)

«Eu sou professor e não me revejo naquilo que se passou ontem»

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O ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, condenou esta quinta-feira no parlamento o comportamento dos professores que «interromperam os que quiseram fazer a prova» de avaliação, citando exemplos como bater em janelas e rasgar folhas de exame.

«Eu sou professor e não me revejo, e tenho a certeza que a grande maioria dos professores portugueses não se revêem, naquilo que se passou ontem [quarta-feira]», afirmou Miguel Poiares Maduro, no plenário da Assembleia da República, durante uma interpelação do PCP sobre funções sociais do Estado e serviços públicos.

Para o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, «um professor tem o direito de protestar» e de não estar de acordo com a prova «mas não pode dar aos alunos os exemplos» que referiu.

«Não pode entrar numa sala de aula e interromper outros que querem fazer o exame, não pode bater em janelas enquanto outros fazem exame, não pode pegar em folhas de papel de exame e mandá-las para o ar. Eu imagino o que qualquer aluno que estava a ver aquelas imagens poderá ter pensado», criticou.

O ministro acrescentou que se tivesse aquele comportamento enquanto professor, reavaliaria «muito bem» se «quer ou não» exercer a profissão.

Menos de 30% dos professores foram afetados pela greve e incidentes relacionados

Menos de 30% dos professores contratados inscritos na Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) foram afetados pela greve e incidentes ocorridos, de acordo com dados do Ministério da Educação divulgados esta quinta-feira.

Segundo os últimos dados apurados pelo Júri Nacional da Prova (JNP), a que a Lusa teve acesso, as salas em que não se realizou a PACC correspondiam apenas a 27% do total dos professores contratados inscritos para a prova, ou seja, aproximadamente 3.645 docentes dos 13.500 inscritos.

De acordo com os números avançados pelo JNP, nas salas onde se realizou a prova estavam inscritos 73% dos professores, ou seja, aproximadamente 9.855 docentes.

Ainda segundo o JPN, nas salas onde a prova se realizou compareceram 81% dos inscritos, com cerca de 1.870 docentes (19%) a não se apresentarem nas salas onde deveriam realizar a PACC.

Numa conferência de imprensa na tarde quarta-feira, os sindicatos avançaram estimativas que indicavam que cerca de metade dos docentes inscritos para a prova não a teriam realizado.

A prova de avaliação de conhecimentos dos professores contratados ficou marcada por pequenos incidentes e pela não realização de alguns destes exames, devido a uma greve dos "vigilantes".

Por causa dos incidentes que impediram que alguns professores pudessem realizar o exame, o Ministério da Educação anunciou a marcação de uma data para uma "segunda chamada" que, de acordo com o ministro da Educação, Nuno Crato, deverá acontecer em janeiro.

A prova é dirigida aos professores contratados com menos de cinco anos de serviço.
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