Cemitério nas Caraíbas com lápides de portugueses em risco - TVI

Cemitério nas Caraíbas com lápides de portugueses em risco

Caraíbas

Espaço data de meados do século XVII e reúne lápides de judeus que fugiram da Inquisição em Portugal e Espanha

Um dos mais antigos cemitérios judaicos das Américas, Beth Haim, na ilha de Curaçao, nas Caraíbas, onde vários portugueses foram enterrados no passado, corre o risco de desaparecer devido a deteriorações e abandono.

O cemitério, que data de meados do século XVII, reúne lápides de judeus que fugiram da Inquisição em Portugal e Espanha, inicialmente para Amsterdão e depois para a pequena ilha das Caraíbas, então colónia holandesa, situada a norte da Venezuela.

O motivo da deterioração, segundo especialistas ouvidos pela agência AP, resulta da proximidade com o mar e da poluição produzida pela refinaria instalada próxima ao local.

«A erosão constante, provavelmente intensificada pela proximidade da refinaria, é considerada agora incontrolável», afirmou Rene Maduro, presidente da Sinagoga Mikve Israel-Emanuel, responsável pelo cemitério.

Maduro acrescentou que a degradação «está para além do ponto de restauração».

A congregação de Curaçao pondera, por isso, tentar preservar o cemitério de maneira eletrónica, com a criação de registos virtuais e fotos.

Estima-se que mais de 5.000 pessoas estejam enterradas no cemitério, cuja inscrição mais antiga data de 1668.
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