Menos vagas na primeira fase de acesso ao Ensino Superior - TVI

Menos vagas na primeira fase de acesso ao Ensino Superior

Candidaturas arrancam na segunda-feira

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A primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior arranca na segunda-feira com 50.555 vagas para ingressar nas universidades e politécnicos públicos, um número mais baixo do que em 2014, mas que representa uma quebra ligeira.

De acordo com os dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), há este ano menos 265 vagas no ensino superior público na 1.ª fase do concurso nacional de acesso, face às 50.820 de 2014, uma redução em termos percentuais inferior a 1%.

O número de vagas para aceder aos cursos superiores públicos está em queda desde 2012, depois de em 2011 se ter atingido um pico de oferta com 53.500 vagas levadas a concurso.

Em 2015, 28.242 vagas (56%) são para cursos nas universidades e 22.313 (44%) para cursos nos institutos superiores politécnicos, uma distribuição entre os dois subsistemas que se tem mantido estável nos últimos 15 anos.

A redução das vagas tem-se consolidado de forma gradual nos últimos anos, com oscilações ligeiras no número de lugares abertos pelas instituições.

A quebra no número de vagas tem sido acompanhada pela quebra no número de candidatos, uma tendência que apenas mostrou sinais de inversão no ano passado, o primeiro desde 2008 a registar um aumento nas candidaturas, com 42.455 estudantes a tentar aceder ao ensino superior na 1.ª fase.

Às vagas do concurso nacional de acesso acrescem ainda 616 para concursos locais, organizados pelas próprias instituições e destinado a colocar candidatos nos cursos superiores artísticos, como música, teatro, dança e cinema. Em 2014 para estes concursos havia sido fixado em 646 o número total de vagas.

Este ano as instituições têm 1.048 cursos disponíveis: 943 licenciaturas de 1.º ciclo, 98 mestrados integrados e sete cursos preparatórios de mestrado integrado.

As candidaturas à 1.ª fase do concurso nacional de acesso podem ser submetidas a partir de segunda-feira, dia 20 de julho, através do portal da DGES, onde os estudantes podem também encontrar informação sobre os cursos e as condições de acesso.

Os resultados deste concurso são divulgados no dia 07 de setembro, no portal da DGES

Para os candidatos ao ensino superior que não consigam um lugar nas universidades e politécnicos nesta fase, há ainda uma 2.ª e 3.ª fases de candidatura posteriores.

Os candidatos podem encontrar informação estatística sobre os cursos no portal Infocursos.


Vagas a concurso este ano sem candidatos em 2014


A 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior este anos tem disponíveis 2.358 vagas, relativas a 83 cursos, para as quais em 2014 não houve qualquer candidato, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Há 83 cursos que voltam a abrir praticamente o mesmo número de vagas na 1.ª fase de 2015 depois de não terem tido qualquer candidato na 1.ª fase de 2015. A redução na oferta é de cerca de 100 vagas.

Os cursos são maioritariamente de áreas de engenharias e tecnologias, alguns em regime pós-laboral ou noturno.

Já em 2014 o mesmo se tinha passado, com 88 cursos a levarem a concurso 2.405 vagas sem qualquer candidato no ano anterior, e mais uma vez maioritariamente da área das engenharias.

Segundo os dados da DGES relativos à 1.ª fase de candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior apenas 10 cursos abrem menos de 20 vagas, a maioria dos quais em regime pós-laboral.

O curso que mais vagas leva a concurso é Direito, na Universidade de Lisboa, com 480 vagas disponíveis e que tem uma média de acesso de quase 14 valores. Segue-se Direito na Universidade de Coimbra, com 334 lugares.

Há 19 cursos que abrem pelo menos 200 vagas na 1.ª fase do concurso nacional de acesso.

No que diz respeito a notas de entrada 16 cursos pedem como média de acesso notas entre os 9,5 valores e os 10 valores, entre os quais cursos de enfermagem, nos politécnicos de Bragança e Portalegre, ou ciências da cultura, na Universidade da Beira Interior.

Do lado das notas mais altas, há 20 cursos com médias de acesso acima dos 17 valores: todos os cursos de Medicina, algumas engenharias como a aeroespacial, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, e também arquitetura, na Universidade do Porto, ou ‘design’ da comunicação, na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, entre outros.
 

Os cursos com mais vagas


A área formativa de ciências da vida é aquela que regista o maior aumento no número de vagas disponíveis na 1.ª fase de acesso ao ensino superior, marcada pela estabilidade na oferta em relação ao ano anterior.

Os cursos da área de ciências da vida têm um aumento de 110 vagas nas instituições de ensino superior públicas em relação a 2014, subindo de 2.091 para 2.201 vagas.

Entre as áreas que cresceram destacam-se também as ciências sociais e de comportamento, com um aumento no número de vagas de 3.728 em 2014 para 3.803 em 2015.

A tendência, no entanto, em relação ao último ano é a de oscilações muito ligeiras, tanto nos casos em que houve um aumento da oferta, como nos em que houve uma redução.

Engenharia e técnicas afins, com 9.037 vagas (17,7% do total), ciências empresariais, com 7.686 vagas (15% do total) e saúde, com 6.656 vagas (13% do total), mantêm-se, tal como em 2014, como as áreas de formação com mais vagas disponíveis.

Engenharia, que regista um aumento de 15 vagas em relação ao ano anterior, tem sido das áreas que menos alunos coloca na 1.ª fase do concurso de acesso nos últimos anos.


 
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