"Nem na cela, nem na roupa havia sangue": Guarda Prisional recusa acusação de família de jovem que morreu na prisão - TVI

"Nem na cela, nem na roupa havia sangue": Guarda Prisional recusa acusação de família de jovem que morreu na prisão

Comunicado surge na sequência de manifestação com mensagens como "Violência policial mata"

A direção da Guarda Prisional reagiu esta quarta-feira à acusação feita pela família de Danijoy Pontes, o jovem de 23 anos que morreu no estabelecimento prisional de Lisboa. O comunicado surge na sequência da manifestação com mensagens como "Violência policial mata"que juntou centenas de pessoas numa manifestação este sábado em frente ao estabelecimento prisional de Lisboa por causa da morte do homem.

Nessa manifestação, a mãe de Danijoy garantiu que o filho foi assassinado na cadeia e pediu a reabertura do inquérito pelo Ministério Público.

Indignada com o que considera ter sido o homicídio do filho e não uma morte por ataque cardíaco, Alice Costa falava aos jornalistas durante uma manifestação em frente ao EPL, para "exigir justiça por Danijoy", que juntou largas dezenas de manifestantes, muitas delas pertencentes a movimentos e organizações antirracistas.

Ele tinha marca na testa, roupas com sangue. Dizer que foi ataque cardíaco é mentira", insistiu Alice Costa, defendendo que o Ministério Público (MP), que arquivou o caso, deve reabrir o inquérito e investigar o que sucedeu, pois, caso contrário, "é uma injustiça".

 

"Nenhuma das situações referidas pelos familiares daquele recluso se confirma. (...) Nem na cela, nem na roupa de Danijoy Pontes havia quaisquer vestígios de sangue", lê-se na nota do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional a que a TVI24 teve acesso. 

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional acrescenta ainda que não admite "quaisquer suspeitas infundadas" sobre aquela entidade.

O S.N.C.G.P desconhece ainda a existência de qualquer relatório em que venham descritas pessoas ensanguentadas". Os Guardas que lidavam diretamente com Danijoy Pontes descrevem o jovem como "pacato, de trato fácil e educado", lamentando a morte o recluso e compreendo a dor dos familiares, especialmente da mãe e do pai.

 

Apesar de compreender a situação, os Guardas afirmam que não vão aceitar que se "agrida, insulte e ataque os que vestem uma farda em representação do Estado Portugês e dão o melhor pela segurança do bom funcionamento do meio prisional".

 

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