Bombeiros têm de entregar equipamento ardido para serem ressarcidos - TVI

Bombeiros têm de entregar equipamento ardido para serem ressarcidos

Bombeiros

Novidade consta da circular financeira, documento que fixa os princípios norteadores do pagamento das despesas com pessoal integrado no Dispositivo Especial Combate a Incêndios Florestais

O equipamento dos bombeiros que arde durante os incêndios florestais vai ter de ser entregue à Proteção Civil para que as corporações possam ser ressarcidas dos danos, anunciou, nesta sexta-feira, o secretário de Estado da Administração Interna.

Esta é a novidade para este ano da circular financeira, documento que fixa os princípios norteadores do pagamento das despesas com pessoal integrado no Dispositivo Especial Combate a Incêndios Florestais (DECIF) e das despesas extraordinárias com os fogos, como combustíveis, alimentação e equipamentos.

A propósito do início da fase Bravo de combate a incêndios florestais, que começa no domingo, o secretário de Estado Jorge Gomes afirmou que a circular financeira deste ano é idêntica à de 2015, sendo as regras para a substituição do material que arde nos fogos a novidade do documento.

Só será restituído o material que eventualmente arde nos incêndios desde que seja entregue o velho”, disse à agência Lusa Jorge Gomes, sublinhando que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) tem de ter conhecimento.

O secretário de Estado adiantou que tem de existir “algum rigor no cumprimento de regras”, já que se trata de dinheiros públicos.

Não pomos de parte, nesta diretiva financeira, que a ANPC, em vez de liquidar o valor das mangueiras, entregue ela própria os metros de mangueira ardidas. Isso vem alterar o sistema que até agora existia”, sustentou.

Mangueiras, viaturas, mota-bombas, motosserra são alguns dos equipamentos utilizados no combate aos incêndios florestais e que pode ser ressarcido pela ANPC.

Jorge Gomes afirmou que o Governo teve “o cuidado de acordar este tipo de procedimentos” com a Liga dos Bombeiros Portuguesas (LBP).

No entanto, a LBP não viu nesta diretiva financeira uma das suas principais reivindicações, que passa pelo aumento do pagamento diário aos bombeiros que integram o dispositivo de combate a incêndios florestais.

Os bombeiros voluntários que fazem parte do dispositivo de combate a incêndios florestais vão continuar a receber 45 euros por dia.

O secretário de Estado disse que a LBP tem vontade de subir o valor, estando esta pretensão da Liga dos Bombeiros Portuguesas a ser estudada.

Jorge Gomes destacou outros benefícios introduzidos este ano pelo Governo, como o aumento em dois milhões de euros das comparticipações às associações humanitárias, isenção de taxa moderadoras para os bombeiros e do Imposto sobre Veículos para a aquisição de viaturas para todas as missões operacionais.

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