Denúncia tinha alertado para possibilidade de roubo de armamento - TVI

Denúncia tinha alertado para possibilidade de roubo de armamento

  • EC
  • 6 jul 2017, 09:25

Há vários meses que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) abriu um inquérito-crime para investigar uma denúncia que alertava para a possibilidade de um furto em larga escala como o que aconteceu em Tancos

As autoridades tinham sido alertadas para a possibilidade de um furto de armamento em larga escala em bases das Forças Armadas meses antes de acontecer o assalto à base de Tancos.

A notícia é avançada pela revista Sábado, que conta que há vários meses o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) abriu um inquérito-crime para investigar a denúncia.

O Ministério Público tratou o caso com especiais cuidados de confidencialidade, só que pouco terá sido feito para investigar a denúncia, escreve a Sábado.

Os procuradores nomeados para liderar o inquérito apontaram várias diligências judiciais que acabaram por não ser feitas.

Depois do assalto na semana passada à base de Tancos esta falta de ação judicial está a causar polémica entre a magistratura, o Ministério Público e a Polícia Judiciária. Para já a Procuradoria-Geral da República apenas esclarece que o furto em Tancos está a ser investigado pelo DCIAP.

Esta semana, o comentador da TVI, José Miguel Júdice tinha avançado que o grupo de assaltantes de Tancos eram vigiados pelas autoridades.

 

Autorização para reparar vedação da base de Tancos demorou 73 dias

Esta quinta-feira ficou a saber-se, também, que a autorização para as obras de reconstrução da vedação da base militar de Tancos demorou 73 dias a ser aprovada.

O Diário de Notícias avançou que entre a declaração de cabimento orçamental, da Direção de Finanças do Exército, e a concordância prévia, assinada pelo ministro da Defesa nacional, passaram mais de dois meses.

O DN acedeu a documentos que mostram que a 24 de março o exército já dispunha da verba necessária para aquela obra essencial - perto de 389 mil euros -,  mas faltava a autorização do ministro, obrigatória por lei para aquela despesa. A autorização havia de demorar, ainda, 73 dias.

Em resposta ao jornal, o gabinete do ministro Azeredo Lopes esclarece que o pedido de autorização só chegou ao ministério a 3 de maio - 40 dias depois do “ok” das finanças do exército - e que o ministro deu luz verde a 5 de junho.

O gabinete do ministro justifica este tempo com a consulta de vários órgãos dentro do Ministério da Defesa.

A TVI contactou o gabinete do ministro, que remeteu todas as explicações para sexta-feira à tarde, dia em que Azeredo Lopes vai prestar esclarecimentos na Assembleia da República.

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