Duas pessoas realojadas em Leiria e oito na Vidigueira - TVI

Duas pessoas realojadas em Leiria e oito na Vidigueira

  • BC
  • 20 dez 2019, 12:10
As imagens do mau tempo

Mau tempo continua a fazer estragos em todo o país

Uma família foi realojada na madrugada de hoje em Leiria devido à queda de uma árvore no telhado da sua casa, confirmou à Lusa o município.

Fonte da Câmara de Leiria informou que, na sequência da queda de um telhado num apartamento na zona de São Romão, foi necessário realojar uma idosa e o filho no Centro de Emergência de Alfeizerão da Segurança Social, no concelho de Alcobaça, também no distrito de Leiria.

Neste momento, ainda não é possível indicar quando será possível regressarem à sua habitação, sendo que esta é uma situação que está a ser acompanhada de perto tanto pela Segurança Social como pelo município", referiu a mesma fonte.

O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes (PS), revelou que foram registadas 17 inundações e 60 quedas de árvores, mas "nada de grave".

A maioria dos casos foi de imediato resolvida pelos serviços da proteção civil e juntas de freguesia", disse.

Gonçalo Lopes apelou à população para evitar a zona pedonal do Polis, afastando-se das margens do rio, uma vez que o Lis apresenta um caudal elevado e "com a continuação das chuvas há risco de transbordo".

Durante a noite, foi precisamente na zona do Polis, em São Romão, que o rio galgou as margens, confirmou ainda o presidente.

A passagem da depressão "Elsa" provocou ainda cortes de energia na maioria das localidades do norte do concelho, assim como nas freguesias à volta da cidade, nomeadamente, Azoia, Maceira e Parceiros, em resultado de "quedas de árvores nas linhas de alta tensão".

A EDP informou-nos que toda a média tensão já está operacional e existem ainda situações pontuais no que se refere à baixa tensão. Aos poucos a situação está a estabilizar", descreveu o presidente, enaltecendo ao "nível de prontidão" da empresa de energia elétrica.

Oito pessoas que viviam num acampamento na periferia de Vila de Frades, no concelho de Vidigueira (Beja), e ficaram desalojadas devido ao mau tempo foram para casa de familiares, disse hoje à agência Lusa o presidente do município.

Na quinta-feira, "o vento forte levantou coberturas do acampamento onde viviam 30 pessoas de etnia cigana, mas só duas famílias, de oito pessoas, ficaram desalojadas", explicou Rui Raposo, presidente da Câmara de Vidigueira, no distrito de Beja.

Segundo o autarca, o Serviço Municipal de Proteção Civil e a Cruz Vermelha "tentaram resolver a situação, mas as duas famílias conseguiram arranjar solução e foram para casa de familiares" também em Vila Frades.

Rui Raposo disse que o Serviço Municipal de Proteção Civil e a Cruz Vermelha estão "em fase de prevenção" para atuar caso ocorra outra situação do género no acampamento e mais pessoas fiquem desalojadas devido ao mau tempo.

As previsões meteorológicas não garantem para já melhorias no estado do tempo" e, caso seja necessário, o município dispõe de um casão, situado também em Vila Frades e que foi cedido por uma instituição, onde, "com a ajuda da Cruz Vermelha, será possível garantir condições para realojar pessoas", disse.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a passagem da depressão Elsa por Portugal já provocou dois mortos, um desaparecido e deixou 70 pessoas desalojadas e, entre quarta-feira e cerca das 09:00 de hoje, registaram-se mais de 6.200 ocorrências.

Na quinta-feira, no distrito de Beja, segundo o comando distrital de operações de socorro, além da ocorrência verificada em Vila de Frades, registaram-se também quase 30 quedas de árvores, a maioria no concelho de Odemira.

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