Uma mulher com doença de Alzheimer desapareceu na sexta-feira, depois de ter recebido alta do hospital, sem conhecimento da família.
Francisca Fernandes, de 66 anos, tinha ido ao hospital de Cascais para uma consulta, acompanhada pelo marido. A utente sentiu-se mal e acabou por dar entrada nas urgências.
Impedido de entrar, o homem deixou a paciente aos cuidados do hospital. No sábado, sem notícias, a família contactou a unidade hospitalar e foi informada que Francisca tinha tido alta.
Em declarações à TVI, a sobrinha da mulher, Elisabete Cabral, contou que esta não tinha condições para ir para casa sozinha e que um auxiliar do hospital terá chamado um táxi.
Ligámos para uma central de táxis, onde nos disseram que foi chamado um táxi para o hospital a essa hora", contou Elisabete.
De acordo com Elisabete Cabral, o taxista terá feito o percurso até ao hospital de Alcoitão, também em Cascais, e voltado para trás, até à porta das urgências.
Os familiares queixam-se da falta de apoio por parte da unidade hospitalar.
A minha tia não merecia este desfecho trágico. Ela não pode estar mais de dois dias sem receber oxigénio, nem medicação", confessou a sobrinha.
O Hospital de Cascais confirmou à TVI que a utente deu entrada na unidade hospitalar para realização de um ato previamente agendado, no passado dia 10 de Julho, e que "face ao quadro clínico apresentado, a utente foi encaminhada para o serviço de urgência tendo alta clínica no mesmo dia".
O Hospital de Cascais cumpriu todos os protocolos estabelecidos para o efeito e mantém-se disponível para colaborar com as entidades competentes", disse a unidade, em comunicado.
A GNR está a realizar buscas pela mulher, mas não adianta mais informações.