Bombeiros sem meios para acorrer a acidentes na Linha do Douro - TVI

Bombeiros sem meios para acorrer a acidentes na Linha do Douro

Os feridos já tiveram alta hospitalar

Notícia atualizada

O comandante dos bombeiros do Marco de Canaveses disse esta quinta-feira à Lusa estar preocupado com a insuficiência de meios para acorrer a uma eventual situação de descarrilamento de um comboio de passageiro na Linha do Douro.

O descarrilamento de uma carruagem de manutenção provocou ferimentos em quatro funcionários da Refer, , um dos quais em estado grave.

«É sempre uma situação que nos confere um bocado de dificuldade, porque não temos os meios apropriados na eventualidade de existir um acidente para atender a uma situação dessas», afirmou Sérgio Silva.

As declarações do comandante da corporação do Marco de Canaveses ocorreram a propósito do descarrilamento que esta quinta-feira ocorreu naquele concelho, nas proximidades da estação do Juncal. O acidente foi provocado pelo deslizamento de terra e pedras para a linha, envolveu uma máquina de manutenção da Refer e fez quatro feridos.

Os quatro funcionários da Refer que ficaram feridos já tiveram alta hospitalar, disse à Lusa fonte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel.

De acordo com a fonte, cerca das 15:45 foi dada alta ao último dos quatro feridos.

Nenhum dos feridos foi considerado grave pelo hospital, o que se confirmou após a realização de vários exames ao longo da manhã. Os funcionários da Refer têm idades compreendidas entre os 46 e os 58 anos.

Para Sérgio Silva, se o acidente tivesse envolvido uma composição de passageiros da CP, provocando um elevado número de feridos, os bombeiros teriam dificuldade, por não contarem com meios suficientes.

Esse risco, adiantou, «tem sido transmitido» às entidades da proteção civil.

«Temos estado todos a trabalhar em conjunto para avaliar a situação e podermos projetar um futuro acidente e estarmos mais preocupados», explicou.

Recentemente, o presidente da Câmara de Lousada também alertou para as questões de segurança naquela linha férrea, sobretudo o túnel de Caíde, frisando ser muito difícil à proteção civil concelhia acudir às consequências de um eventual acidente.

Sobre esta matéria, a Refer comunicou à Lusa que a empresa «dispõe de planos de segurança para a infraestrutura ferroviária nos quais, naturalmente, está incluído o Túnel de Caíde».

A circulação na Linha do Douro, entre as estações do Marco de Canaveses e do Juncal, foi retomada ainda esta quinta-feira, ao início da noite, disse à Lusa fonte da Refer.
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