Marinha encontrou caça-minas da 1.ª Guerra ao largo de Cascais - TVI

Marinha encontrou caça-minas da 1.ª Guerra ao largo de Cascais

Marinha (DR)

O “Roberto Ivens” foi afundado em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. Os seus destroços vão agora ser estudados

A Marinha anunciou hoje ter encontrado os destroços do caça-minas “Roberto Ivens”, afundado em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, ao largo de Cascais, preparando-se agora para recolher imagens para estudo arqueológico.

“No ano em que se assinala o centenário da entrada de Portugal na Primeira Grande Guerra, a deteção e recolha de informação relativa a este navio reveste-se de um especial interesse histórico”, destaca a Marinha, numa nota.

Segundo uma fonte da Marinha, o incidente com o “Roberto Ivens” estava retratado, “mas aproveitou-se uma missão com um navio hidrográfico para fazer uma busca”, tendo sido detetados e identificados na segunda-feira os destroços do caça-minas, a cerca de quatro milhas náuticas (oito quilómetros) a sul da entrada da barra do Porto de Lisboa, com recurso a um sonar lateral.

“Agora vamos com o ROV (Remotely Operated Vehicle), o equipamento que permite recolher imagens em profundidade, ver o estado em que está e podemos avaliar a hipótese de o reflutuar e recuperar os destroços. Vamos ver como vamos evoluir”, acrescentou a mesma fonte.

A deteção do antigo arrastão afundado foi feita pelos elementos da lancha Andrómeda, com uma equipa do Instituto Hidrográfico e um elemento do Instituto de História Contemporânea.

De acordo com a Marinha, no dia 26 de julho de 1917, pelas 15:15, o caça-minas “Roberto Ivens”, antigo arrastão “Lordelo”, requisitado em 1916 no âmbito da participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, embateu contra uma mina fundeada por um submarino inimigo e afundou-se a cerca de 12 milhas (24 quilómetros) a sul de Cascais.

Este acidente causou a morte de 15 elementos da guarnição, entre eles o comandante, 1.º tenente Raul Alexandre Cascais, de três sargentos e de 11 praças, ficando ainda ferido o capitão da marinha mercante Francisco António Biaia.

Sete sobreviventes foram recolhidos pelo rebocador “Bérrio”.

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