Militar da GNR detido por associação criminosa - TVI

Militar da GNR detido por associação criminosa

  • Henrique Machado
  • 25 nov 2019, 17:49

Militar detido esta segunda-feira esteve envolvido num tiroteio em Fafe no ano passado

O militar da GNR que esteve envolvido num tiroteio em Fafe, à porta de uma pastelaria a 200 metros do quartel da guarda, em setembro do ano passado, foi hoje detido pela Polícia Judiciária de Braga. Está indiciado dos crimes de associação criminosa, burla qualificada, exercicio ilícito de segurança privada, branqueamento de capitais, fraude fiscal e detenção de arma proibida. Há mais tres detidos na operação desta segunda-feira.

Na altura, o militar e um amigo estavam na pastelaria quando chegaram três homens referenciados na zona por ligações a negócios da noite e dos ginásios. Envolveram-se numa rixa já no exterior do estabelecimento e os elementos desse trio puxaram de um revólver, disparando quatro tiros na direção do militar e do amigo, também conhecido pelo passado dedicado à segurança privada. A situação causou alarme e pânico, com muitos populares a terem que se refugiar. Um dos autores dos disparos ainda tentou fugir, mas a GNR apanhou-o a 500 metros do local. Os três autores do ataque acabaram detidos. A situação terá sido originada por conflitos pessoais, precisamente relacionados com negócios de segurança privada e ginásios.

Em comunicado, a PJ informa que "os detidos, com idades compreendidas entre os 28 anos e os 74 anos, ao longo de vários anos, na zona do distrito de Braga e num município do distrito de Vila Real, foram desenvolvendo atividade criminosa junto de pessoas de idade avançada, alegando problemas com a Justiça de um dos coarguidos e, desta forma, obtiveram financiamentos avultados na ordem das centenas de milhares de euros que, parte dos suspeitos, gastaram de forma faustosa, após dissimulação em várias contas bancárias".

A mesma nota refere que "da realização de quatro buscas resultou a apreensão de várias viaturas de gama alta, vestuário e acessórios, telemóveis e equipamentos informáticos, bem como vasta prova documental. Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas".

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