A Polícia Judiciária (PJ) deteve um médico e três delegados de informação médica por corrupção, falsificação de documento e burla qualificada ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) em vários milhares de euros, tendo a operação decorrido nas zonas da Grande Lisboa e Algarve, informou esta quinta-feira a polícia. Um dos suspeitos foi preso em flagrante delito por ter na sua posse uma arma proibida.
Em comunicado, a PJ refere que os detidos, três homens e uma mulher, passavam prescrições de medicamentos "em desconformidade com a legislação aplicável", a troco de vantagens patrimoniais. Visavam com isso a apropriação indevida da comparticipação dos medicamentos, com prejuízo do SNS, em vários milhares de euros.
A "Operação receita sem papel" envolveu diversas buscas e a investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.
Os detidos, de 57, 50, 42 e 38 anos, irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes, a fim de serem submetidas a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.