Heitor Lourenço confundido com terrorista: “Até fiquei amigo de quem me denunciou" - TVI

Heitor Lourenço confundido com terrorista: “Até fiquei amigo de quem me denunciou"

O ator tentava embarcar num voo para Lisboa, quando alguém o confundiu com um terrorista islâmico. Foi interrogado durante várias horas, até o equívoco ser desfeito

Heitor Lourenço não ganhou para o susto quando, na última terça-feira, retiraram toda a gente do avião em que se preparava para embarcar de Paris para Lisboa e o detiveram por suspeitas de terrorismo. Uma ida a Paris, “para ver alguns espetáculos”, valeu-lhe uma detenção e várias horas de interrogatório.
 
Enquanto esperava para embarcar, o ator lia “algumas mensagens de caráter budista”, mas um outro passageiro achou que estava a ler o Corão e mensagens “relacionadas com morte e explosões” e reportou a situação dentro do avião.
 

“Às tantas, toda a gente foi retirada do avião e, quando eu ia a sair, tinha agentes da autoridade à minha espera, pegaram-me por um braço, sem grande aparato (fui extremamente bem tratado) e meteram-me dentro de um carro. Levaram-me para a esquadra do aeroporto, fui revistado e tiraram-me tudo. Fiquei só com a roupa do corpo. Mandaram-me para uma sala onde finalmente fui interrogado e onde percebi do que estava a ser acusado e o que estava a acontecer”, contou o ator à TVI.

 
Bem-disposto, Heitor Lourenço conta agora que, durante as cinco a seis horas em que durou o episódio, manteve o sangue frio e procurou explicar às autoridades francesas quem era e o que tinha acontecido. “ Disse-lhes: 'tenho uma profissão pública. Sou relativamente conhecido no meu país. Porque é que não fazem uma pesquisa no Google?!'. Olhe, gostava de ter gravado a reação deles a exclamar em francês: 'é verdade! Ele é budista! Ele é vegetariano!'”, conta.
 
O ator revela que procura agora encarar a “aventura” de uma forma positiva. “O homem que me denunciou viajava com o filho e os pais. Tinha os alertas todos a funcionar. É perdoável. Estamos numa situação em que estão a acontecer muitas coisas…”, explica.
 

“Ficámos “amigos”. Ainda agora, antes de falar consigo, estava ao telefone com ele. Ele contou-me que, quando a polícia lhe disse que eu o queria conhecer, ele disse que não, que não se sentia confortável. E os polícias que lhe disseram: “olhe que vai gostar muito de o conhecer! É uma pessoa tão calma, tão simpática”.”

 
O ator gostava que a história que viveu esta semana servisse “não para as pessoas terem mais medo de viajar, mas antes que percebessem que está tudo a funcionar”. “A minha história prova que aquele pai que me denunciou tinha os seus alertas a funcionar e as autoridades funcionam”
, acrescentou. 
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