Covid-19: DGS vai corrigir todos os boletins desde 30 de junho - TVI

Covid-19: DGS vai corrigir todos os boletins desde 30 de junho

  • Rafaela Laja
  • com Lusa - Notícia atualizada às 19:25
  • 10 jul 2020, 16:23

Dados dos boletins epidemiológicos serão atualizados até ao final desta sexta-feira, na sequência da falta de notificações por parte de laboratórios privados desde 29 de junho

A ministra da Saúde, Marta Temido, avançou esta sexta-feira, em conferência de imprensa conjunta com a Direção-Geral de Saúde, que todos os relatórios de situação referentes à Covid-19 vão ser corrigidos desde o dia 30 de junho.

Os dados dos boletins epidemiológicos serão atualizados "até ao final desta sexta-feira", na sequência da falta de notificações por parte de laboratórios privados.

A data mais antiga de resultados dos testes privados remontava a 29 de junho, adiantou ainda a ministra.

Em relação à distribuição de dados por concelho, esta será atualizada a partir do boletim epidemiológico de dia 14 de julho.

Epidemia já provocou 628 mortos em utentes de lares

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje que a epidemia de covid-19 já provocou 628 mortes em utentes que viviam em lares em Portugal.

“Os óbitos acumulados por covid-19 em lares [são] 628 dos 1.646 que hoje estão registados no boletim [epidemiológico diário]”, precisou Marta Temido.

A ministra da Saúde acrescentou que a região Norte é a que regista mais óbitos em utentes que estavam institucionalizados, correspondendo a 296 pessoas do total.

Segue-se a zona de Lisboa e Vale do Tejo com 168 e o Centro a registar 143 mortes de utentes de residências para idosos.

O Alentejo regista 16 mortes nestas circunstâncias e o Algarve cinco, podendo o óbito ter sido registado no lar ou não, mas estando em causa idosos institucionalizados.

DGS diz que Portugal é dos “melhores do mundo” a partilhar informação

A diretora-geral da Saúde sublinhou hoje que Portugal “apesar das fragilidades” é “dos países melhores do mundo” a partilhar informação sobre a evolução da pandemia da covid-19 porque a transmite “com transparência”.

Graça Freitas, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa trissemanal sobre o balanço do surto covid-19 em Portugal, respondia a perguntas sobre discrepância de dados entre o que é divulgado a nível nacional e os transmitidos localmente por autarquias, entre outras entidades, tendo garantido que “discrepâncias ao dia que não são graves”.

“A informação é muito complexa, vem-nos de diversas fontes (…). Num dia – 24 horas – vão existir sempre diferenças entre o que é o apuramento local e o apuramento nacional. Ao nível local, um médico de saúde pública, um diretor de um agrupamento de centros de saúde é capaz de ter conhecimento de um caso no momento em que ele ocorre e esse número ainda não foi vertido no SINAVE [Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica] e há discrepâncias ao dia que não são graves, são pequenas discrepâncias com as quais temos de viver”, explicou Graça Freitas.

Ao lado da ministra da Saúde, Marta Temido, a diretora-geral da saúde sublinhou que “a forma da DGS [Direção-Geral da Saúde] capta informação também permite encontrar informação que às vezes ao nível local nem sempre é encontrada”, razão pela qual, frisou, “é do complemento entre o nível local e o nacional que nasce a rapidez de intervenção”.

“Estamos a dar informação com transparência e com rigor. Posso garantir que, apesar de tudo e das fragilidades, somos um dos melhores países do mundo. Melhoramos imenso nas plataformas de informação que temos. Somos dos países que reportam diariamente e com transparência, que admite as discrepâncias, que diz quando tem algum erro e o corrige. Reportamos todos os dias internacionalmente. Já temos sido elogiados por esse reporte regular porque mandamos para a União Europeia e para a Organização Mundial de Saúde”, disse a diretora-geral.

Já a ministra da Saúde, ao responder a uma pergunta sobre as chamadas reuniões do Infarmed, tema que esta semana gerou polémica porque alguns partidos políticos criticaram o fim dessas sessões, Marta Temido procurou sublinhar “o compromisso do Ministério da Saúde de manutenção da disponibilidade de informação”.

“A opção pelo não agendamento de uma data concreta para a próxima reunião surgiu da necessidade de completar alguns trabalhos durante algum tempo e o que faremos é a disponibilização dessa informação (…). E o Governo tem enviado e disponibilizado relatórios à Assembleia da República”, recordou a governante.

Portugal regista esta sexta-feira mais dois mortos e 402 novos casos de infeção por Covid-19, de acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O total de vítimas mortais sobe, assim, para 1.646, enquanto os casos confirmados são, agora, 45.679.  

Lisboa e Vale do Tejo contabiliza, agora, 21.926 infetados, continuando a ser a região onde se regista o maior número de novos casos, 342 nas últimas 24 horas.

Continue a ler esta notícia