Covid-19: "Aparentemente há um desacelarar da própria pandemia" - TVI

Covid-19: "Aparentemente há um desacelarar da própria pandemia"

António Lacerda Sales

Secretário de Estado adjunto e da Saúde adiantou que o índice de transmissibilidade tem estado a diminuir de forma sistemática desde 14 de outubro

O secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu, esta quarta-feira, que a previsão do pico da pandemia de covid-19 depende da efetividade das medidas implementadas.

Nós não conhecemos ainda qual a real efetividade destas medidas implementadas", disse o secretário de Estado, durante a habitual conferência de imprensa no Ministério da Saúde sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.

Por outro lado, o índice de transmissibilidade (o designado RT) "tem estado a diminuir de forma sistemática" desde 14 de outubro: nesse dia, o RT era de 1.27. Esta quarta-feira, está em 1.14.

Já na região norte, o RT na mesma altura era de 1.4 e atualmente está nos 1.13

Aparentemente há um desacelarar da própria pandemia", constatou Lacerda Sales.

Um terço da população em Portugal já foi testada

Cerca de um terço da população em Portugal já foi testada ao novo coronavírus, revelou o secretário de Estado e Adjunto da Saúde, afirmado que a capacidade de testagem foi reforçada em mais de 300% desde março.  

António Lacerda Sales indicou que já tinham sido testadas mais de 3,4 milhões de pessoas, o equivalente a cerca de um terço da população.

Por milhão de habitantes, Portugal está a realizar em média mais de 280 mil testes à SARS-CoV-2, o vírus da doença covid-19, registando-se dias com mais de 30 mil análises.

Estamos com mais de 300% da capacidade de testagem que tínhamos em março, o que penso que é um reforço substancial”, acrescentou o secretário de Estado.

Questionado em concreto sobre os testes realizados durante o fim de semana e se explicam o número habitualmente mais baixo de novos casos registados nos boletins epidemiológicos na segundas e terças-feiras, o governante afirmou que o problema são as notificações e não os testes.

Foi o caso do boletim epidemiológico de hoje, em que estão registados 7.497 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia.

No entanto, de acordo com a explicação da Direção-Geral da Saúde, este número inclui o somatório de 3.570 casos decorrentes do atraso no reporte laboratorial, principalmente de um laboratório na região Norte, desde o dia 30 de outubro.   

Existem muitos testes feitos durante o fim de semana. O problema não é o número de testes feitos ao fim de semana, o problema é o reporte dessas notificações apesar das nossas indicações constantes nessa matéria”, sublinhou António Lacerda Sales.

No último fim de semana foram feitos 52.947 testes, dos quais 30.713 no sábado e 22.244 no domingo, precisou, para justificar que “não é garantidamente uma diminuição da realização de testes” que explica os números mais baixos no início da semana.

Além dos 7.497 novos casos de infeção com o novo coronavírus, Portugal registou hoje mais 59 mortes relacionadas com a covid-19, também o número diário mais elevado desde o início da pandemia.

Desde o início da pandemia, Portugal contabiliza um total de 156.940 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.694 óbitos.

 

 

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