Metade dos infetados por sarampo estavam sem vacina - TVI

Metade dos infetados por sarampo estavam sem vacina

  • Atualizada às 20:17
  • 19 abr 2017, 19:32

Doze dos 21 casos confirmados estavam desprotegidos. Incluindo dois adultos que são profissionais de saúde. DGS já advoga afastamento das escolas dos alunos que recusem ser vacinados

Doze dos 21 casos de sarampo confirmados em Portugal no atual surto epidémico são de pessoas sem vacina contra a doença, entre os quais dois profissionais de saúde, informou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com um comunicado assinado pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, com a atualização dos números do sarampo, foram notificados “46 casos de sarampo, dos quais 21 confirmados e 15 em investigação. Nos restantes 10 casos foi já excluído o diagnóstico de sarampo”.

Em relação aos casos confirmados, a maioria (57%) dos casos não apresentam registo de vacinação (12 casos).

Nove dos casos são profissionais de saúde, entre estes dois sem registo de vacinação.

A maioria dos casos ocorreu em adultos com idade superior a 20 anos (13 casos), quatro em crianças com idade inferior a um ano e três casos no grupo etário entre um e quatro anos.

Dos 21 casos confirmados, 13 ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, sete na região do Algarve e um caso na região norte.

O surto de sarampo em Portugal causou já uma vítima mortal.

Afastamento temporário das escolas

Através do seu site, a Direção-Geral de Saúde (DGS) aconselha as escolas a afastarem por um período de 21 dias qualquer membro da comunidade escolar que, depois de exposto ao vírus do sarampo, recuse ser vacinado.

Os delegados de saúde verificam a existência de contacto com um doente em fase de contágio e sugerem, quando indicada, a vacinação. Nestes casos, e perante a recusa da vacinação de qualquer membro da comunidade escolar, em situação de pós-exposição, aconselha-se a não frequência da instituição durante 21 dias após o contacto”, refere a orientação da DGS, publicada na página oficial do organismo.

Os diretores das escolas públicas já tinham pedido que a DGS emitisse para os estabelecimentos de ensino uma circular para tranquilizar os ânimos relativamente às vacinas dos alunos, sobretudo por causa do sarampo.

Na orientação, assinada pelo diretor-geral, Francisco George, é recordada a elevada cobertura vacinal da população para o sarampo.

Por esta razão, e também pela imunidade de grupo, a probabilidade de propagação do vírus é muito reduzida, incluindo em meio escolar”, refere a nota.

Insistindo ser “importante que todas as crianças sejam vacinadas, para benefício próprio e da população em geral”, a nota salient que "no ato de matrícula e sua renovação deve ser verificado se a vacinação recomendada está em dia; se não estiver, os pais devem ser aconselhados a ir ao centro de saúde para atualização das vacinas”.

Apesar de recomendar um afastamento temporário nas escolas, no caso de recusa de vacinação pós-exposição ao vírus, a DGS insiste que “não há razões para temer uma epidemia de grande magnitude, uma vez que a larga maioria das pessoas está protegida”.

Já esta quarta-feira a DGS tinha anunciado a criação de um endereço de correio eletrónico através do qual as escolas podem esclarecer dúvidas relativamente aos casos de sarampo: infosarampo@dgs.pt

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