Sarampo: mais um caso confirmado faz aumentar total para 25 - TVI

Sarampo: mais um caso confirmado faz aumentar total para 25

  • Atualizada às 20:56
  • 26 abr 2017, 19:09
Francisco George

Maioria dos casos tem afetado cidadãos adultos. Diretor-Geral de Saúde diz que metade dos infetados tiveram de ser hospitalizados e que 60% dos casos ocorreram em não vacinados

Portugal tem 25 casos de sarampo confirmados até ao momento, desde o início do ano, sendo que 64% afetaram maiores de 18 anos.

No Parlamento, o diretor-geral de Saúde revelou os dados mais atualizados sobre o atual surto de sarampo em Portugal, indicando que quase metade das situações (48%) da doença se verificaram em profissionais de saúde.

Francisco George prestou esclarecimentos na comissão parlamentar de Saúde a pedido do PCP. Aí declarou que cerca de 60% dos casos de sarampo ocorreram em não vacinados.

De acordo com Francisco George, o sarampo não é especialmente preocupante entre crianças em idade escolar, destacando que os casos têm atingido sobretudo não vacinados maiores de idade.

Dos 25 casos confirmados até ao momento, mais um do que o número adiantado há dois dias, houve 12 que motivaram internamento hospitalar.

Segundo o mais recente balanço, houve 95 notificações de sarampo desde início do ano mas até agora só 25 foram confirmados.

Entre os casos de sarampo registados, um acabou por ser mortal, atingindo uma rapariga de 17 anos internada no Hospital Dona Estefânia.

Vacinação é um dever

O diretor-geral da Saúde defende que a vacinação é um dever mas não considerou necessário torná-la obrigatória para se conseguirem bons níveis de proteção.

É um dever assegurar a proteção dos filhos das doenças evitáveis pela vacinação”, sustentou Francisco George, falando aos jornalistas após a audição na comissão.

Já perante os deputados, o diretor-geral da Saúde condenara a “moda bizarra” de não vacinar as crianças, indicando que isso tem tido consequências, e considerou inquestionável o direito dos menores à vacinação.

Não é tolerável que as mães ou pais possam dispor do destino dos seus filhos no que respeita à vacinação. É um direito das crianças estarem protegidas. A mãe e o pai têm o dever de tratar da criança”, afirmou Francisco George.

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