1.º de maio: CGTP cumpre a tradição na rua e UGT comemora de novo em confinamento - TVI

1.º de maio: CGTP cumpre a tradição na rua e UGT comemora de novo em confinamento

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  • 21 abr 2021, 08:27
Trabalhadores da restauração manifestam-se em Lisboa

À semelhança do que aconteceu o ano passado, Dia do Trabalhador volta a ser comemorado em plena pandemia

A CGTP comemora pela segunda vez o 1.º de Maio em pandemia, com menos gente para garantir o distanciamento, mas na rua como é sua tradição, com as habituais manifestações nos Aliados, no Porto, e na Alameda, em Lisboa.

A Intersindical vai assinalar o Dia do Trabalhador deste ano com concentrações, desfiles e manifestações em todos os distritos e regiões autónomas, com os devidos cuidados para evitar a propagação da covid-19, mas sem deixar de tornar esta data numa jornada de luta.

O 1.º de Maio terá uma componente de comemoração, mas será também uma grande jornada de luta, de reafirmação das reivindicações dos trabalhadores", disse à agência Lusa a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

As comemorações do Dia do Trabalhador da CGTP vão decorrer sob o lema "Lutar pelos direitos, combater a exploração" e vão reafirmar a defesa do emprego, do crescimento dos salários, do horário semanal de 35 horas e da melhoria dos serviços públicos.

No fundo são as grandes questões para as quais temos exigido resposta, mas que não temos conseguido, aliás, pelo que vimos no Livro Verde do Futuro do Trabalho, parece que vamos exatamente no sentido contrário", disse a líder da Inter.

Isabel Camarinha, eleita secretária-geral da CGTP em fevereiro de 2020, vai poder este ano, pela primeira vez, subir ao palco junto à fonte Luminosa, para discursar para os manifestantes que ocuparão o relvado da Alameda Afonso Henriques, ainda que não seja possível juntar a multidão de outros anos.

UGT comemora de novo em confinamento

A UGT volta este ano a comemorar o 1.º de Maio em confinamento, com uma conferência sobre os desafios da negociação coletiva, porque considera que não ficava bem ir para a rua em plena pandemia.

Não quisemos vir para a rua na situação de grande incerteza que o país vive. O plano de vacinação está atrasado, o estado de emergência termina dia 30 e ninguém sabe o que vai acontecer. Por isso optámos por comemorar a data com uma conferência que decorrerá de forma virtual e em presença", disse à agência Lusa o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.

A central sindical vai assinalar o Dia do Trabalhador com uma conferência sobre "Os desafios da negociação coletiva, bloqueios e oportunidades", que terá como oradores os antigos ministros do Trabalho Paulo Pedroso e José António Vieira da Silva.

Os painéis de debate serão compostos pelos líderes dos principais sindicatos da UGT, que "terão assim oportunidade de apresentar as suas queixas em matéria de negociação coletiva".

Porque todos eles têm motivos para se queixar", disse Carlos Silva.

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