Histórias de amor trágicas: Oscar Wilde e Lord Alfred Douglas - TVI

Histórias de amor trágicas: Oscar Wilde e Lord Alfred Douglas

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Wilde, nos primeiros anos de casamento era um homem feliz que julgava ter arrumado a sua homossexualidade

Aos vinte anos, o irlandês Oscar Wilde, filho de um famoso cirurgião e de uma excêntrica poetisa que usava o pseudónimo de Speranza, declara: «De uma forma ou de outra, hei-te ser famoso; e se o não conseguir serei pelo menos conhecido».

Estuda em Oxford e sai de lá sifilítico, uma doença que nunca curou, transmitida por uma prostituta. Teve várias noivas e casa-se, aos vinte e nove, com Constance Lloyd. Wilde, nos primeiros anos de casamento era um homem feliz que julgava ter arrumado a sua homossexualidade. Com Constance teve dois filhos. Casado há um par de anos, Wilde é seduzido por Robert Ross. Mas é a relação com Lord Alfred Douglas, Bosie, como todos lhe chamavam, que o leva à prisão. Até lá, Bosie, uma criatura egoísta, vaidoso, violento e sem carácter, transforma a vida de Wilde num inferno.

Acusado pelo pai de Bosie, o marquês de Queensberry, de «sodomita», Wilde decide ripostar e levar o marquês a tribunal por difamação. O julgamento só serve para expor Wilde e inocentar Queensberry. Oscar Wilde é levado para a cadeia, julgado por conduta indecente e condenado a dois anos de trabalhos forçados. A vida do Wilde é virada do avesso, Constance e os filhos mudam de apelido - Wilde nunca mais os viu. Os dois anos passados na prisão revelam-se um autêntico inferno.

Sai da prisão uma ruína. Volta a encontrar-se com Bosie, mas nada era como dantes e «quando o meu dinheiro acabou, foi-se embora», escreve Wilde a um amigo a propósito de Bosie.

Aos 46 anos e numa pobreza extrema, Oscar Wilde morre nos braços do seu amigo de sempre, Richard Ross. «Estou a morrer acima das minhas possibilidades», diz. Bosie chega a correr ainda a tempo do funeral, mas só para protagonizar os seus próprio espectáculo.
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