Água «muito má» em sete rios portugueses - TVI

Água «muito má» em sete rios portugueses

Barragem - NUNO VEIGA/LUSA

Dados do Instituto da Água revelam que os maiores problemas estão no rio Lis, Antuã e Rio Lima

Relacionados
A qualidade da água é «muito má» em sete rios portugueses, apesar das 3922 unidades de tratamento colectivo existentes e das 118 estações em construção ou reabilitação, dizem os dados do Instituto da Água (INAG).

No site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), dados do Anuário de Qualidade da Água Superficial revelam que 8,6 por cento das estações, através das quais é medida a qualidade, estão classificadas na classe de «muito má», 12,3 por cento com «má», 39,5 por cento é «razoável», 23,5 por cento «boa» e 16 por cento «excelente».

Adérito Mendes, director do Departamento de Planeamento de Gestão do Domínio Hídrico do INAG disse à Lusa que, segundo os últimos dados disponíveis do final de 2009 «os sete rios que apresentam mais problemas de qualidade são o Lis, Antuã, Rio Lima, rio Corvo, ribeira de Nisa, Divor e rio Ardila».

Com classificação de «excelente» estão 13 rios, entre os quais o Guadiana, Teixeira, Leça e cinco ribeiras do Algarve.

Desde 2005 até ao final de Dezembro de 2009, «passamos de 798 estações de tratamento de águas residuais (ETAR) para 1704 e de 1282 fossas sépticas colectivas, que também são sistemas de tratamento eficazes, para 2218 e temos 3922 estações de tratamento colectivo», disse Adérito Mendes.

A mesma fonte referiu que estão em construção ou reabilitação 118 ETAR, sendo a principal região hidrográfica o Douro, com 38 unidades, seguindo-se o Minho Lima, com 23 e o Guadiana com 21.

Adérito Mendes explicou ainda no Dia Mundial da Água, que se assinala esta terça-feira, que os resultados dependem do local onde é feita a amostragem da água.

«O rio pode ser dividido em várias massas de água e estas podem apresentar estados de qualidade diferentes, mas com a falta de planos de gestão de rede hidrográfica, não temos essa informação», clarificou o responsável do INAG.

Adérito Mendes revelou que 97 por cento da água usada é tratada e que três por cento «não recebe tratamento ou não existe informação sobre a sua situação.
Continue a ler esta notícia

Relacionados