70% dos portugueses está em risco cardiovascular - TVI

70% dos portugueses está em risco cardiovascular

No Dia Mundial do Coração saiba quais os fatores de risco e como pode prevenir a doença

A doença cardiovascular continua a ser a primeira causa de morte no mundo e também em Portugal. Por ano 33.000 portugueses morrem devido a doenças cardiovasculares, mas 75% dos casos podem ser prevenidos. No Dia Mundial do Coração saiba quais são os fatores de risco e como pode evitá-los.

“A doença cardiovascular é a causa de morte número um no mundo e em Portugal 33.000 pessoas morrem por ano devido às doenças cardiovasculares. Isto ultrapassa largamente todas as causas de cancro que levam à morte combinadas”, explicou Ana Abreu, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, em entrevista à TVI. “Para além de tratarmos a doença, o mais importante é tentar preveni-la”.


Um estudo europeu sobre cuidados primários de saúde concluiu que 70% dos portugueses que sofre de risco cardiovascular não tem hábitos de vida saudável, alimentação equilibrada ou pratica atividade física. Mais de 80% com alto risco, que apresentam hipertensão, diabetes ou colesterol elevado, têm excesso de peso ou obesidade.

Contudo, os especialistas garantem que “que é evitável a morte e a doença em 75% dos casos”, se os pacientes mudarem os hábitos de vida.

“A prevenção passa pela abstenção do tabagismo, por criar hábitos de atividade física e por criar hábitos de alimentação saudável. Por exemplo, deixar de fumar, só por si, vai reduzir o risco de enfarte para metade”.


A educação para a prevenção deste tipo de doenças tem de ser iniciada na infância, uma vez que, segundo o estudo realizado, um em cada 10 jovens portugueses tem excesso de peso, um dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. “Portugal é o terceiro país da união europeia em termos de raparigas com excesso de peso”.

Os dados afirmam que 27% das jovens tem peso a mais e 10% são obesas. Quanto aos rapazes, 29% tem excesso de peso.

É importante educar as crianças para este problema, para prevenir situações de risco futuras.

“Temos de chegar a políticas de saúde que passem pelos centros de saúde, das comunidades, pelas escolas e pelas famílias”, afirmou a especialista, acrescentando que, para tal, “a Sociedade Portuguesa de Cardiologia está a fazer promoções nas escolas, para transmitir uma série de ideias para que elas possam levar as mensagens aos pais. Por um lado, a mudança no estilo de vida deles, por outro lado a dos pais”.

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