Há 900 mil diabéticos: você pode ser um deles - TVI

Há 900 mil diabéticos: você pode ser um deles

  • Portugal Diário
  • 26 fev 2008, 17:22

Factores de risco: gorduras e açucares em excesso, o stress e o sedentarismo

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Portugal terá cerca de 900 mil diabéticos, um terço dos quais não sabe que o é, estimou esta terça-feira o presidente do 8º Congresso Português de Diabetes, que começa quinta-feira em Vilamoura, Algarve.

O congresso, que termina sábado, contará com a participação de cerca de 1.400 médicos, enfermeiros, psicólogos e quadros ligados à doença e sua cura, noticia a agência Lusa.

Segundo o especialista, José Boavida, o número de doentes já diagnosticados aproxima-se dos 6,5 por cento da população total, mas a tendência é para subir para percentagens próximas dos 10 por cento, em grande parte devido ao avanço dos chamados «malefícios da civilização».

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O consumo de gorduras e açucares em excesso, o stress e o sedentarismo, aliados à falta de bons hábitos alimentares e de prática de exercício físico, estão entre esses problemas de civilização que podem levar à diabetes.

«A obesidade é o elemento de maior indução da doença», disse José Boavida, que distinguiu a diabetes «tipo 2» da «tipo 1».

A primeira, que abrange mais de 90 por cento dos diabéticos, é devida ao tipo de vida das pessoas e ataca sobretudo depois dos 45 anos, enquanto a «tipo 1» é uma doença imunológica em que o organismo rejeita as células produtoras de insulina, levando ao aumento de açúcar no sangue.

«Não queremos que a diabetes seja diagnosticada apenas quando aparecem os sintomas, mas mais cedo», disse o especialista, que apontou a realização de um teste de glicemia em cada três anos para pacientes com mais de 45 anos como um meio de prevenir mais cedo o aparecimento da doença.

Situações de risco

Nos casos de risco, como obesidade ou sedentarismo em excesso, o início dos testes deve ocorrer mais cedo, afirmou.

«Ninguém pode dizer que está livre da diabetes», recordou José Boavida, que atribuiu o risco de aparecimento da doença na sua forma «tipo 2» à carga genética de cada um, mas ressalvou que «actualmente a ciência não consegue determinar com precisão essa carga genética e o seu peso específico em cada indivíduo».

Para determinar a prevalência da doença entre a população portuguesa, está a ser feito um estudo em todo o País, que quinta-feira - primeiro dos quatro dias de congresso - se debruçará sobre os habitantes de duas localidades algarvias, Almancil e Tôr, ambas no concelho de Loulé.

Ao contrário de estudos anteriores, que se limitavam a inquirir as pessoas sobre a sua relação com a doença, aquele trabalho consiste em fazer diagnósticos à população alvo.
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