DGS publica norma que dispensa isolamento de crianças institucionalizadas - TVI

DGS publica norma que dispensa isolamento de crianças institucionalizadas

Covid-19: reabertura das creches em Portugal

A diretora-geral de Saúde já tinha anunciado que a norma iria ser revogada com o arranque do ano letivo. Esta segunda-feira, a orientação tornou-se oficial com a publicação de novo documento

A Direção-Geral da Saúde (DGS) tornou oficial a dispensa de isolamento de 14 dias a crianças que ingressem em instituições de acolhimento a crianças e jovens. De acordo com a orientação 009/2020 esse isolamento era obrigatório para todas as crianças institucionalizadas em tempo de pandemia. Graça Freitas, diretora-geral de Saúde, já tinha anunciado o fim da medida. Agora, torna-se oficial, com a publicação da Orientação 009ª/2020

Através desta orientação, deixam de se aplicar medidas de testagem obrigatória e isolamento profilático em qualquer instituição em que os residentes autónomos realizem atividades diárias fora da instituição, sem prejuízo de que seja feita uma avaliação clínica na admissão de novos residentes/utentes”, diz o documento.

O documento diz ainda que nas “Instituições de Acolhimento de Crianças e Jovens em Situação de Perigo e Lares de Infância e Juventude, as medidas para a admissão de novos residentes / utentes são adaptadas, de modo a salvaguardar o bem-estar psicológico das crianças e jovens”. Por isso, não é recomendada a aplicação de “procedimentos relativos à realização de teste laboratorial para SARS-CoV-2 e de isolamento profilático”.

Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, afirmou que as crianças que cheguem a centros de acolhimento vão deixar de estar obrigadas ao isolamento profilático.

Uma vez que, com o início das aulas, a comunidade para onde estas crianças vão é uma comunidade aberta ao exterior, as crianças vão ficar isentas de ficar em qualquer tipo de quarentena”, disse Graça Freitas durante a conferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.

A norma que estava em vigor previa que as crianças retiradas às famílias tivessem de cumprir 14 dias de isolamento quando chegassem aos centros de acolhimento, mesmo que o teste à covid-19 fosse negativo.

Graça Freitas, que já tinha considerado que a decisão de colocar em isolamento uma criança recém-chegada a uma instituição era “muito difícil”, afirmou então que a medida deixa de fazer sentido quando as crianças podem entrar e sair diariamente para ir à escola.

O próximo ano letivo começa entre 14 e 17 de setembro, com a retoma das atividades letivas presenciais, suspensas em meados de março devido à pandemia da covid-19.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortes e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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