Hora de voltar a dançar. 20 discotecas que reabrem até sábado - TVI

Hora de voltar a dançar. 20 discotecas que reabrem até sábado

Quem quiser entrar num espaço de diversão noturna terá de apresentar o certificado de vacinação digital, ou um teste negativo (PCR ou antigénio). Apenas os autotestes não serão aceites

Passados quase 19 meses, os bares e discotecas vão reabrir e voltar a ser o epicentro da diversão noturna para milhares de portugueses. A partir das 23:59 desta quinta-feira, os espaços de diversão noturna estão autorizados a reabrir portas, naquele que é mais um passo na direção do “antigo normal”.

Apesar de a grande maioria não reabrir já na noite desta quinta-feira, há exceções de norte a sul do país. Em Lisboa, o Titanic Sur Mer, no Porto, o Via Rápida, em Leiria, o Guilt, em Faro, o First Floor Club e, em Coimbra, o NB, prometem abrir às 23:59 desta quinta-feira e só encerrar portas na madrugada de sexta.

Após mais de um ano e meio encerrados, são vários os estabelecimentos que optaram por adiar a grande reabertura.

Ricardo Tavares, presidente da Associação Portuguesa de Bares, Discotecas e Animadores (APBDA), explicou à TVI24 que, em Lisboa, a maioria vai adiar o regresso pós-pandémico para o fim de semana.

A maioria das discotecas, em Lisboa, não vai abrir já hoje [quinta-feira]. Aliás, muitos dos espaços nem vão abrir na sexta, mas sim no sábado", explica Ricardo Tavares, presidente da Associação de Bares, Discotecas e Animadores.

De sexta para sábado, o Lux Frágil, Mome, The Docks Club, Music Box, Finalmente Club, B. Leza Clube, Trumps regressam ao ativo na noite da capital. Por outro lado, locais que já foram muito frequentados, como o Urban Beach e o Viking Bar, ainda não têm uma data de reabertura definida.

Já os míticos bares Europa, Tokyo e Jamaica não vão reabrir para já. Os três estabelecimentos de diversão noturna foram apanhados pela pandemia de covid-19 durante o processo de transição da rua Cor de Rosa, no Cais do Sodré, para o Cais do Gás, na zona ribeirinha da capital, e só devem reabrir no início do próximo ano. 

No Porto, na noite de sexta-feira para sábado, já pode relembrar os bons momentos no Plano B, Pérola Negra, More Club, Indústria, Tendinha dos Clérigos. De sábado para domingo, já pode ir também ao Boîte. Já o Eskada só tem reabertura a meio do mês de outubro.

Em Guimarães, o Século XIX reabre na noite de sábado para domingo. Enquantona Lagar's (em Amares), Dona Rosa (em Braga), Pedra do Couto (em Santo Tirso) se mantêm sem uma data definida para reabrir.

Quais as regras para entrar?

Esta reabertura dos estabelecimentos de diversão noturna vai acontecer praticamente sem restrições. No entanto, para entrar em bares ou discotecas, os clientes devem apresentar o certificado de vacinação ou recuperação digital à entrada, ou um teste negativo (PCR ou antigénio).

Só os autotestes não serão aceites como prova de entrada, de acordo com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

O acesso a bares ou a outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculo e a estabelecimentos com espaços de dança, independentemente do dia da semana ou do horário de funcionamento, vai depender da apresentação, pelos clientes, do certificado digital COVID da UE, que pode ser emitido por vacinação, por recuperação, ou ainda por realização de teste com resultado negativo (PCR ou antigénio). A única forma que a lei não admite é a entrada nestes estabelecimentos com a realização de autoteste", explica a AHRESP, em resposta enviada à TVI24.

As máscaras deixam de ser obrigatórias no interior da discoteca, com exceção para os funcionários. Os limites à lotação dos espaços também desaparecem, bem como as limitações de horário.

Mudanças também por causa do tabaco

A este regresso do "antigo normal", juntam-se também as alterações que o Governo tem em vista na lei do tabaco. A ideia passa por proibir que os clientes fumem em estabelecimentos fechados.

Miguel Camões, presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto, esclarece à TVI24 que "estabelecimentos que não tenham uma 'sala de fumo' não poderão ter clientes a fumar no interior",

Ainda assim, a AHRESP garante que "a esta data estamos numa situação em que não sabemos exatamente quais vão ser os requisitos específicos para estes espaços para fumadores, uma vez que ainda estão em falta as respetivas Portarias de regulamentação". 

A entidade revela que esta é uma situação que preocupante, porque o prazo que permitia ter espaços para fumadores ao abrigo da anterior lei já terminou, mas ainda não se sabe o que é necessário para que estes locais se mantenham.

A AHRESP já se pronunciou junto das entidades competentes no sentido de pedir que seja estendido o período transitório, dada a situação que ainda vivemos, e que desaconselha este tipo de atuação legislativa, com imposição de novas regras e novas exigências que colocam em causa a forma como os estabelecimentos estão atualmente a funcionar, criando ainda mais constrangimentos", acrescenta.

 

Prevenir a violência na noite

Lembrando os casos de violência em Santos, Cais do Sodré e Bairro Alto, as associações acreditam que a reabertura das discotecas e bares vai ser benéfica para a segurança noturna na capital.

José Gouveia, presidente da Associação de Discotecas de Lisboa, acredita que a abertura dos estabelecimentos de diversão noturna vai ter um impacto direto nos casos de violência nas zonas de Santos, Cais do Sodré e Bairro Alto.

Contudo, Ricardo Tavares, da APBDA, sublinha que pode ter havido uma mudança comportamental nos jovens, que pode representar uma quebra de faturação para os estabelecimentos. 

Os jovens não deixaram de sair à noite, mas começaram a concentrarem-se noutros locais. No entanto, a faturação dos bares não aumentou, porque estes 'clientes' traziam as bebidas de casa e organizavam botellóns. Os casos de violência na noite de Lisboa aconteceram, sobretudo, porque as discotecas estavam fechadas", acrescenta Ricardo Tavares.

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