Um dos casos de legionella no Porto já teve alta - TVI

Um dos casos de legionella no Porto já teve alta

Francisco George (LUSA)

Dos restantes doentes, três apresentam "evoluções favoráveis" e um ainda está com "prognóstico reservado", segundo o diretor-geral de Saúde

Um dos doentes com legionella, na zona do Porto, já teve alta médica. Ainda estão internadas quatro pessoas.

"Neste momento, ainda estão internados nos hospitais do Porto quatro doentes, três dos quais com evolução favorável e um outro com prognóstico reservado"


O ponto da situação foi feito à agência Lusa pelo diretor-geral de Saúde, Francisco George.

Desde a última semana de julho, 15 casos de doença dos legionários, "que aparentam constituir um aglomerado", foram verificados em pessoas que habitam em bairros do Grande Porto, não se tendo registado qualquer caso fatal até à presente data, indicou o responsável.

"As investigações conduzidas [no dia 4 de setembro] pelos serviços de saúde pública identificaram a presença da bactéria legionella em seis torres de arrefecimento, que foram de imediato encerradas", garantiu o diretor-geral, que, no entanto, já havia assinalado que dois dos casos foram adquiridos durante viagens ao estrangeiro.

Um outro caso distinto é o de um homem sueco e de uma mulher francesa, que se encontravam hospedados no Hotel Boa-Vista, no Porto, e que adoeceram no regresso aos seus países, para além de três portugueses terem contraído igualmente a doença durante o tempo em que ali pernoitaram.

No seguimento de investigações efetuadas ao hotel, que acabou por ser encerrado, constatou-se a "colonização […] pela bactéria Legionella", acrescentou Francisco George.

Num comunicado enviado esta quarta-feira, a DGS considerou que, "embora a imputação causal não possa ser de imediato estabelecida, as suspeitas iniciais são agora reforçadas e justificam, nesses termos, as medidas preventivas adotadas".

Em novembro de 2014, foram verificados em Vila Franca de Xira 375 casos da mesma doença, que levaram à morte de 12 pessoas.

De acordo com o balanço feito na altura, as vítimas mortais tinham entre 43 e 89 anos e eram nove homens e três mulheres. A taxa de letalidade do surto foi de 3,2%. O surto teve início a 7 de novembro e foi controlado em duas semanas.
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