Cegueira atinge 36 milhões em todo o mundo, número poderá triplicar em 2050 - TVI

Cegueira atinge 36 milhões em todo o mundo, número poderá triplicar em 2050

  • ALM com Lusa
  • 2 ago 2017, 23:33
Precious em momento de cumplicidade com a mãe

Maior número de pessoas cegas vive no sul, leste e sudoeste da Ásia, sendo que a taxa de cegueira entre idosos é mais elevada no sul da Ásia e na África Subsariana oriental e ocidental

A cegueira atinge 36 milhões de pessoas em todo o mundo, número que poderá triplicar em 2050, afetando sobretudo a Ásia e a África Subsariana, indica um estudo hoje divulgado na publicação The Lancet Global Health.

De acordo com as estimativas apresentadas no estudo, em 2050 haverá quase 115 milhões de cegos (mais 79 milhões face a 2015) e 588 milhões de pessoas com dificuldade de visão moderada a grave (mais 371 milhões) se os tratamentos não melhorarem.

O maior número de pessoas cegas vive no sul, leste e sudoeste da Ásia, sendo que a taxa de cegueira entre idosos é mais elevada no sul da Ásia e na África Subsariana oriental e ocidental.

O estudo analisou a prevalência da cegueira e da deficiência visual em 188 países, entre 1990 e 2015, e faz projeções para 2020 e 2050.

Trata-se do primeiro trabalho a incluir dados sobre a presbiopia, uma anomalia da visão mais conhecida como "vista cansada" que afeta a capacidade de ler e aparece com o envelhecimento, podendo ser corrigida com o uso de óculos.

Depois de um período em que as taxas de cegueira e de deficiência visual caíram, os números voltaram a subir à medida que a população mundial vai crescendo e envelhecendo: em 2015 havia mais 5,4 milhões de cegos e mais 57 milhões de pessoas com dificuldade de visão moderada a severa do que em 1990.

Os autores do estudo alertam para a importância do investimento nos tratamentos, salientando que, entre 1990 e 2010, a prevalência da cegueira diminuiu fruto dessa aposta.

"Investir em tratamentos já trouxe benefícios consideráveis, incluindo a melhoria da qualidade de vida", afirma o autor principal do estudo, Rupert Bourne, da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, citado em comunicado pela The Lancet Global Health.

 

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