O surto de legionella dos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim causou esta terça-feira mais uma morte, elevando para nove o número de óbitos, disse à Lusa fonte da Administração Regional de Saúde no Norte (ARS-N).
Segundo a mesma fonte, o óbito verificou-se no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde desde 30 de outubro já morreram sete pessoas devido à doença, tendo outras duas morrido no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde.
Na unidade poveira verificou-se a maior redução de internados devido à doença, passando de 17 para seis, após um total de 28 pessoas terem ali sido diagnosticadas com legionella.
Também no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde 44 pessoas deram entrada desde o início do surto, há menos pacientes internados: passaram de 14 para 12.
No Hospital de S. João, no Porto, permanecem internadas seis pessoas, três em enfermaria, uma em cuidados intermédios e duas na unidade de cuidados intensivos.
Desde o início do surto legionella na área do Grande Porto, já morreram nove pessoas das 79 que foram diagnosticadas com a doença, continuando internadas 24.
Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto, que mantêm-se com origem desconhecida, tendo a Câmara de Vila do Conde confirmado que os técnicos das Delegações de Saúde locais já estão no terreno a fazer análises e várias estruturas fabris e comerciais
A doença do legionário, provocada pela bactéria "Legionella pneumophila", contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
Vila do Conde com testes negativos de ‘legionella’ na rede pública de água
A Câmara de Vila do Conde divulgou esta terça-feira que as análises feitas à rede de água pública do concelho "deram negativas quanto à presença de 'legionella".
Em comunicado, a autarquia vila-condense lembrou que as análises feitas no início do mês foram promovidas pelas empresas que fornecem e distribuem água no concelho, apontando que "os resultados confirmam que o surto de legionella não está relacionado com o abastecimento público da água".
A Câmara de Vila do Conde acrescentou que "continua a solicitar à ARS/Norte e à Autoridade de Saúde Local a urgência na identificação do foco deste surto", mas partilhou que outras análises feitas no concelho também deram resultados negativos.
Até ao momento, todas as análises realizadas a empresas e equipamentos no concelho de Vila do Conde, cujo resultado já foi possível obter, determinaram a não presença da 'legionella", indicou.