Dorme muito? Pode morrer mais cedo - TVI

Dorme muito? Pode morrer mais cedo

  • AFO
  • 7 ago 2018, 12:50
Cama

Estudo sugere que, se dormir pouco prejudica o funcionamento do corpo, dormir muito também pode revelar-se nocivo para a saúde

Dormir mais do que as sete ou as oito horas recomendadas por noite "tira-nos anos de vida" e quem o diz são os especialistas.

O estudo, publicado no Journal of American Heart Association, e citado pelo The Guardian, revela que as que pessoas que dormem cerca de 10 horas por dia têm mais 30% de probabilidade de morrer mais cedo do que aquelas que dormem as oito horas. 

E como se isso não chegasse, quem permanecer na cama mais de 10 horas também está exposto a mais riscos. As pessoas que o fazem têm mais 56% de probabilidades de morrerem de acidente vascular cerebral e sobe para 49% o risco de morte por doença cardiovascular.

Em contraposição, "dormir pouco" ou "dormir mal" está, segundo o estudo, associado a um aumento de 44% de probabilidade de uma doença coronária. Ou seja, prejudica a performance dos vasos sanguíneos, que estão encarregues de transportar o sangue. 

Os especialistas, das universidades de Keele, Leeds, Manchester e East Anglia, analisaram dados de 74 estudos, que envolvem mais de três milhões de pessoas.

Tendo em conta os resultados, os investigadores alertam os médicos para terem mais atenção aos hábitos de sono dos pacientes, segundo conta o The Guardian

O sono anormal é um marcador de risco cardiovascular elevado, por isso devem analisar-se com cuidado a duração e a qualidade do sono dos pacientes.", disse o líder da investigação, Chun Shing Kwok. 

No estudo são ainda descrito os fatores que influenciam os hábitos de sono. 

Há influências culturais, sociais, psicológicas, comportamentais, fisiopatológicas e ambientais no nosso sono, como a necessidade de cuidar de crianças ou membros da família, padrões irregulares dos turnos de trabalho, doenças físicas ou mentais (...)."

Os investigadores confessaram que tiveram algumas limitações, uma vez as condições mentais ou físicas podem ter impacto sobre os "hábitos extremos de sono." 

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